Com o quinto maior IDH do mundo, clima agradável no verão, incontáveis atrações e fama de ser um dos países que melhor explora a indústria do turismo, a NZ entrou nos nossos planos desde a primeira hora e não saiu mais. Vulcões, praias, fiordes, estações de esqui, boas estradas, facilidade de entrada e notícias de um povo muito acolhedor. O que poderia dar errado?
No outro dia, fomos à Rangitoto Island. Uma ilha que começou a surgir de uma erupção vulcânica há apenas 600 anos. O vulcão ficou cuspindo lava por 300 anos. Na sequência, a ilha foi tomada por vegetação e pequenos animais selvagem, mas em muitas áreas ainda não ocorreu a formação de solo e o que está visível é uma grande massa de lava solidificada. Estão bem conservadas as formas da cloaca do vulcão (coberta de vegetação). A ilha oferece um monte de trilhas de vários níveis de dificuldade, mas muito bem sinalizadas. De lá se tem uma ótima vista de Auckland e outras ilhas nos arredores.
NZ é bem cuidada, bonita, o turismo é bem organizado como em nenhum outro lugar e está lotada de atrações impressionantes. Os preços são justos, logo, tudo é muito caro. Para evitar um rombo ainda maior no orçamento já no primeiro país, decidimos que buscaríamos hospedagens baratas e onde pudéssemos cozinhar. Em Auckland ficamos no Nomads Backpackers. O albergue é limpo, razoavelmente organizado, fartura de utensílios e banheiros, várias atrações próprias. Porém, quando se divide quarto com estranhos, deve-se contar com a sorte. De quase nada adianta o lugar passar por limpeza diária, se os hóspedes insistem em deixar tudo espalhado para todo lado. Mas demos bastante sorte com o nosso quarto. Jovens bagunceiros com suas coisas, mas educados com os outros. De quebra, conseguimos algumas informações que nos ajudaram nas cidades seguintes.
Um pouco da História
Não há certeza sobre quando o homem chegou de vez na NZ, mas não faz muito tempo. Há indicações que habitantes das ilhas do pacífico chegaram aqui a cerca de 1000 atrás e se estabeleceram sobre as duas ilhas (Norte e Sul). Os Ingleses chegaram pelo meio do século 16. Reivindicaram, enviaram grupos para ocupar o espaço, mas só foram se interessar mesmo pelo território em meados do século 19, depois de constatado que o pau estava quebrando em conflitos entre maoris (potencializados pelas armas de fogos vendidas a eles pelos europeus) e também entre nativos e europeus, geralmente por causa de terra. A relação ora foi tensa, ora mais branda, mas hoje pode-se dizer que dentre os povos azarados (conquistados) os maoris são bastante sortudos. Muito se preservou da cultura “original”, há convivência pacífica e apesar do domínio europeu, eles parecem estar envolvidos pelas vantagens oferecidas por um país com ótimos indicadores socioeconômicos.
Auckland
Aprendi que se quiser conhecer algo de um país, siga para o interior. Grandes cidades são mais ou menos iguais, tem o mesmo ritmo, pessoas têm os mesmos problemas (só seus), as atrações são meio parecidas, etc. Decidimos começar NZ por Auckland porque lá era por onde entraríamos, teríamos acesso fácil a informações sobre o país e além de suas próprias atrações, seria fácil acessar outros pontos interessantes, se necessário.
Com apenas 2,5 dias disponíveis, exploramos a cidade a pé a partir do centro, conhecendo a área da Ferry Building até o Domain Park, uma extensa área verde onde fica o Auckland War Memorial Museum. Lá, numa enorme área gramada, estavam divididos uns 30 campos de “subfootball”, algo como o nosso soçaite. Rolava um campeonato. Ocorriam jogos em todos os campos e os times eram compostos por homens e mulheres (juntos).
Albergue – Nomads Backpackers