
Conhecer pessoas, lugares, culturas, religiões, altitudes, umidades, pluviosidades, temperaturas, variações extremas de incidência diária de luz, comidas, bebidas, testar nossos limites físicos e psicológicos, dormir até tarde quando der na telha.
domingo, 25 de março de 2012
Austrália

quarta-feira, 21 de março de 2012
Nova Zelândia - 3
Wellington – Ferry – Picton
Vulcão é uma coisa perigosa, barulhenta, frequentemente fedorenta, mas oferece muita adrenalina também. Só que chega uma hora que cansa. Então fomos pro sul. Devolvemos o carro em Wellington, pegamos um Ferry (não se engane: eles usam navios para este transporte) e chegamos a Picton, onde pegamos um outro Corolla, mas dessa vez um 2 volumes (o primeiro era um sedam, como um siena e este como um palio). Nos aborrecemos com Wellington porque ficamos mais de 1 hora perdidos procurando um posto de gasolina. Mas Picton nos acalmou de novo. Muito catita a cidadezinha, que vive praticamente do porto do Ferry e por ser ponto de partida de vários tours pela ilha sul. Conseguimos internet de graça na biblioteca pública, nos munimos de informações e tocamos direto para Queenstown.
A estrada é ótima, Renilza estava fera na navegação e eu parecia ter nascido dirigindo na mão inglesa. Mandamos ver. Quando anoiteceu (depois das 21h) decidimos procurar um lugar pra dormir. Mas fomos adiando, adiando, adiando, até que, depois de um monte de pontes cruzando vales enormes, atropelarmos um coelho, a chuva cair sem parar, o frio chegar, a fome bater, o sono obrigar, tivemos que encostar. Aí valeu termos pegado um carro 2 volumes. Apesar de ter porta-malas menor, dobrando-se o banco dá para dormir esticado na parte de trás, mesmo eu tendo mais de 1,80m. Vestimos a segunda pele, a jaqueta, usamos o cobertor de emergência (que eu achei que voltaria da viagem sem ser usado...) e dormimos como dois capetinhas, mas foi bem satisfatório. No dia seguinte não precisou check out, desarmar acampamento nem nada. Foi só pular pra frente, comer uns biscoitos e brucutu pra Queenstown.
Queenstown
Pelo meio dia chegamos lá. É tão bonitinha que dá até raiva. Mas passa rápido (se transforma em inveja). Ainda não era nosso destino final, mas lá compraríamos um passeio nos Fiordes. Fizemos isto e fomos para o teleférico da cidade. Neste passeio a gente sobe numa gôndola e chega à parte de cima. Lá, compramos umas voltas de ludge, que vem a ser um carrinho de rolimã metido a besta, construído de forma que mesmo se você nunca pilotou um, pode guia-lo. Uma das poucas coisas na qual fui bom em minha vida foi na construção e direção dessas máquinas. Morei 4 anos em Divinópolis e quem conhece a cidade sabe que lá a criançada tem as manhas. Em Queenstown pude reviver esses momentos da minha infância. Depois dos carrinhos, nos empanturramos num Burger King e seguimos direto para Te Anau (uns 180 km).
Te Anau
Chegamos de tardezinha, sem hotel reservado. Apostamos bem, pois encontramos rápido um esquema que parece ser comum na NZ chamados de Holiday Park. Este tipo de estabelecimento que ao mesmo tempo oferece hotel, albergue, área de camping estrutura pra motorhome, etc. Ficamos no Te Anau Lake View Holyday Park & Motels.
Te Anau é bonita como qualquer cidade Neozelandesa. O que lá tem demais é que é o ponto de partida para os principais Fiordes. Escolhemos visitar o Milford.
Fiorde é uma grande entrada do mar em volta de altas montanhas rochosas. Forma-se, originalmente, devido à ação de imensas placas de gelo, ou glaciares, que se movimentam rumo ao mar como se fossem grandes rios congelados (Wikipédia). Agora, imagine uma paisagem dessas num lugar com total estrutura para visitação. Pois é isto que se tem lá. Nosso passeio consistiu de uma longa volta de barco entre as montanhas, chegando bem perto de cachoeiras que despencavam direto sobre o lago (ou mar?), visita em uma coisa que parece um aquário invertido: você entra em um tubo subaquático e fica vendo os peixinhos do lado de fora; e, finalmente, uma volta de caiaque onde pudemos chegar perto das corredeiras formadas pelo degelo de um glaciar.
E assim acabou nossa passagem pela Nova Zelândia. O país chega perto da perfeição em quase tudo. Mas tínhamos que seguir viagem, pois outros países nos esperavam, e não dava continuar bancando os altos preços (e justos) daquele paraíso. Saímos de lá sabendo que aquele é o lugar com o qual os outros seriam comparados.
sábado, 10 de março de 2012
Nova Zelândia - 2
Fica no miolo da ilha norte. É tudo muito perfeitinho, mas a cidade tem cheiro de enxofre e volta e meia passa uma brisa de ovo podre, mas se acostuma. Foi a cidade em que ficamos mais tempo na NZ. Nos hospedamos num motel (mesmo que hotel, mas que tem estacionamento) bem simples, mas incrivelmente funcional (Astray Motel & Backpackers).
Pelos preços de passagens e pacotes praticados no país, concluímos que era melhor alugar um carro. Pedimos o mais barato e eles nos deram um Corolla. A essa altura já sabíamos que a NZ iria estourar de longe a média orçamentária programada, mas decidimos sentar o pau.
Curtimos uma tarde num spa de águas termais, logo ao lado do Lago Rotorua. O lago é de água muito quente e corre-se risco de morte se tentar entrar. Mas nos spas a água das piscinas é controlada.
Waimangu: lagos com águas borbulhantes, um lago azul (mas azul, azul mesmo) e uma ótima trilha para caminhada.
A oeste de Rotorua, fomos ao litoral (Bay of Plenty), na cidadezinha de Whatakane para ver a White Island. Esta ilha é um vulcão em plena atividade. Em 1920 ele teve uma erupção mais forte e matou 12 trabalhadores que lá extraiam enxofre. Há uns milênios, uma explosão arrebentou um lado da cloaca. Assim, os visitantes podem chegar bem próximos do centro do vulcão sem precisarem subir toda uma montanha. Na descida do barco a gente recebe até instruções de como proceder se houver uma erupção mais forte. Até chegar ao seu centro a gente faz uma caminhada por entre vários pontos por onde vapores são expelidos. Todos usam máscaras. Ao caminhar dá para sentir vibrações no piso e por vezes parece que estamos dentro de uma indústria onde dezenas de caldeiras funcionam ao mesmo tempo. Para evitar a monotonia na viagem, dezenas de golfinhos ficam rodeando o barco em vários momentos.