domingo, 25 de março de 2012

Austrália

Um pouco da História

Desde, de uns 50.000 atrás já havia gente lá. Mapas “mundi” de quase dois mil anos apontavam uma massa colossal ao sul da Ásia. Mas para o que temos hoje, o que interessa é que os holandeses descobriram e de alguma forma a Inglaterra se tornou dona do lugar. Até hoje as ligações são bem forte entre os dois países: Isabel II do Reino Unido é a Monarca de lá. Segundo um amigo que mora no país, a identidade do povo como australiano começou mesmo a surgir na Segunda Guerra, quando o Japão invadiu um canto do país e a Inglaterra não fez nada (e nem podia, pois estava se segurando como dava contra os alemães). Aí foi que eles se tocaram de que não eram ingleses e sim australianos. O país é rico, tem o segundo maior IDH, é extremamente bem dotado de recursos minerais e tem espaço pra caramba, embora boa parte de seu território seja deserto. Tem passagens históricas medonhas, como as "gerações roubadas" (remoção de crianças aborígenes de suas famílias), White Austrália (programa governamental para atrair imigrantes, mas só brancos) e vários outros fatos, principalmente contra a população aborígene. Felizmente, ações recentes por parte do Estado têm melhorado as condições de vida das nações aborígenes e sua população está em crescimento (embora ainda seja menor que a de antes da chegada dos europeus).

Sydney

A Austrália entrou perdendo na briga. A princípio ele não estaria no roteiro, porque é muito caro e grande o suficiente para justificar uma viagem só para desbravá-lo. Além disso, temos na cabeça que, pela nossa profissão, mais cedo ou mais tarde ele seria visitado. Soma-se a isto a chatice que é para levantar a documentação necessária para o visto. Mas como a “Oneword” praticamente nos obrigava a passar pela Austrália, pensamos: “qual o problema de passarmos uns dias em Sydney, e até vermos alguns amigos?”. E assim, em 24 de fevereiro baixamos lá.

Decidimos que Sydney pagaria o pato pelo alto custo da NZ. Então, faríamos só atividades de baixo (ou zero) custo. E foi o que rolou. Fomos para um dos albergues mais baratos que encontramos, fazíamos todas as refeições lá, só rodávamos de ônibus metrô e ferry (e a pé) e não foi difícil encontrar locais gratuitos e praias para rodarmos por alguns dias.


Então vieram os Camelos! Meu primo nos escreveu do Brasil nos apresentando seus amigos Liz e Marcelo Camelo, brasileiros residentes em Sydney. Estes nos convidaram para passar uns dias em sua casa e nós pensamos muito, por uns 10 segundos e topamos. Eles estão no país há uns 7 anos, seus filhos nasceram lá e estão totalmente adaptados. Foi melhor que qualquer 5 estrelas! Lavamos as roupas, usamos internet à vontade (na NZ e mesmo em Sydney geralmente se paga caro para se ter acesso a WiFi), Na verdade, descansamos, comemos super bem (a Liz tem as manhas. Fez um macarrão legendário!) e curtimos aquela família por um breve período. Além disso, conhecemos a Google de Sydney, onde o Marcelo trabalha.


Brisbane

Outro amigo nos esperava em Brisbane. E fomos pra casa do André, pra ver o que ia rolar. André e eu começamos nossa amizade da Universidade. Mas ele tinha uma mania muito feia de nunca perder matéria e acabou se formando um ano antes de mim. Tomamos rumos bem diferentes, na vida e na mineração. Ele foi fazer mestrado no Canadá, onde casou-se e teve o John. Agora tá na Austrália. Aqueles dias foram muito bons também. André deixava a geladeira sempre abastecida de cerveja, bastante comida nos armários, carro abastecido, computador disponível, de modo que não tivemos nenhuma dificuldade em fazer alguns passeios, descansar bastante, lavar mais roupas, enquanto ele labutava o dia inteiro. De noite, entre fofocar sobre colegas, discutir os rumos da geopolítica, da mineração, da democracia, o governo Dilma, a dieta dos norte americanos, família, White Austrália, futebol..., sempre rolava um churrasco ou um excelente restaurante (adivinha quem pagou tudo?). Além de tudo, André nos indicou Manado, que acabou sendo nosso próximo destino na Indonésia.

Fomos ao Zoológico de Brisbane e valeu a pena. Conhecemos os habitantes originais do lugar e fizemos até algumas amizades.


Queremos voltar com mais tempo (e dinheiro) àquele país. Aquele povo conseguiu se estabelecer de forma bastante diferente das origens inglesas e parecem se orgulhar muito de alguns aspectos rústicos que desenvolveram, como o contato com a natureza, informalidade em se vestir (e se pentear) e o prazer pela vida ao ar livre. O país parece se esforçar em corrigir alguns problemas históricos, principalmente sobre questões raciais, que por muita sorte não os fizeram mal afamados mundialmente, como África do Sul e Estados Unidos.

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