quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vietnam - parte 7

Hanoi 

A capital do país não é sua maior cidade e nem a mais bonita. Mas tem seu charme e é ponto de partida para alguns dos principais pontos de interesse do Vietnam. Fizemos nossa segunda tentativa de obtenção de visto de entrada da China lá, que não deu certo e será relatada mais a frente. As motos estão presentes como em qualquer lugar do país. Oferece bons museus, um lago bem no centro com um templo religioso, o mausoléu de Ho Chi Minh e por aí vai...


Mausoléu 

Confesso que chegamos a Hanoi meio desinformados e não sabíamos muito sobre as atrações da cidade. Já que estava em destaque no nosso mapinha, fomos ver o que tinha de tão interessante no mausoléu de Ho Chi Minh. Chegamos lá e fomos barrados: estávamos de bermudas. Observando a fila de centenas de metros, realmente todos estavam nos trinques. Voltamos alguns dias depois. Pegamos a fila, depositamos a câmera fotográfica no guarda volumes e seguimos o fluxo. Jovens, velhos, adultos, turistas, crianças em trajes escolares em excursão, etc. E fomos seguindo. Vira aqui, sobe ali, vira de novo, todos conversando na fila, de repente, um guarda todo de branco, fuzil e baioneta, cara fechada, acerta a fila e faz sinal de silêncio. Damos alguns passos e estamos em uma sala com uma passarela em forma de “U”, com entrada em uma perna e saída na outra. No meio do “U” estava ele. Cercado por mais quatro soldados de cara fechada, arma em punho e postura ereta, o corpo de Ho Chi Minh, preservado, como num velório de alguém que morreu ontem. Ali reina o silêncio. Fotos são proibidas. Várias vezes os soldados que organizam o fluxo tem que pedir para a fila andar, pois as pessoas param constantemente, embasbacadas frente ao maior líder que a nação já teve. Seu desejo em vida era ter seu corpo cremado, mas está lá exposto em um mausoléu na capital do país, que é visitado diariamente por milhares de pessoas. Além disso, seu retrato é frequente nas paredes das casas e comércios em todo o país. Ao lado do mausoléu há também um museu dedicado a ele. 


Templo da Literatura 

Quando fomos barrados no Mausoléu na primeira tentativa, seguimos para o Templo da Literatura, que é pertinho. Trata-se de um parque, com área verde, estátuas e construções seculares. Estava lotado, pois ocorria um festival, tipo feira do livro. 


Museus 

Hanoi tem pelo menos 3 bons museus que tratam de suas guerras e revoluções. O Museu de História Militar é o maior deles. Tem um excelente acervo de máquinas de guerra confiscado das forças armadas dos Estados Unidos, mas ao contrário do Museu da Guerra, em Ho Chi Minh, trata de todos conflitos nos quais o país se envolveu. Tem uma sala dedicada às mães que perderam filhos nas guerras. Algumas perderam 7, 8 e até 9 filhos contra os Estados Unidos. Uma boa parte é dedicada à reconstrução do país e a atuação das forças armadas em ações de apoio nas plantações e integração com minorias étnicas. No dia de nossa visita, ocorriam solenidades onde veteranos da “Guerra da América” eram homenageados. Os velhinhos, muito simpáticos não se importavam em tirar fotos com a gente. As meninas aí se envaideceram e se ajeitaram, uma ajudando a outra a se empetecar para tirar esta foto com a Renilza. 


Uma turma de estudantes adolescentes também visitava o museu. Aqui, me receberam numa boa na foto da turma. 


O Museu da Revolução tem um enorme acervo fotográfico, além, é claro, de armas e objetos de guerra. Nele vimos pela terceira vez uma guilhotina aposentada, herança do domínio francês. 

Já a antiga prisão da cidade, foi transformada em um museu que fala sobre as suas diferentes fases. Na primeira, eram levados para lá presos políticos. Em seguida, marginais. Durante o conflito contra os Estados Unidos, foi usada para abrigar prisioneiros de guerra, mas apenas pilotos de aviões abatidos no norte do país.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Vietnam - parte 6

  Hoi An 

Esta cidade histórica e litorânea fica bem no centro do país. Imagine Ouro Preto sem os morros e com praia. É claro que não há nada de barroco lá, mas sim construções seculares muito bem preservadas e restauradas. A praia de lá é muito boa, nível de nordeste do Brasil, porém mais limpa. A cidade é muito boa também para se comprar artesanatos e roupas típicas, de excelente qualidade. Se este fosse nosso propósito, teríamos enchido várias malas e ganharíamos uma boa grana revendendo no Brasil. Mas não era. Então, com bicicletas da homestay, um dia íamos a praia, no outro rodávamos pela cidade, em seguida praia de novo. Tiramos um dia para ver duas atrações nas redondezas. 



My Son 

As ruínas de My Son (não é “meu filho” em inglês, mas algo como “montanha bonita” na língua local e se pronuncia “mi son”) ficam há umas 2 horas de ônibus. É um sítio arqueológico com atividade de preservação e restauração em andamento. O complexo, com mais de 70 construções, foi construído pelo povo Champa entre os séculos 4 e 14. É um dos principais aglomerados de templos hinduístas do sudeste asiático e em 1999 foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. 


Montanhas de Mármore 

As Montanhas de Mármore ficam no próprio município, cerca de 30 minutos do centro, de carro. O entorno está tomado por uma urbanização recente, sem qualquer ligação com a parte histórica. Trata-se de um complexo de templos e mosteiros budistas construídos nas montanhas, ligados entre si por escadas e calçadas de pedra. Há vários pagodes de todos os tamanhos, templos em grandes gretas de pedras e também enormes construções dentro de cavernas. O conjunto é impressionante e há intensa atividade religiosa. Porém, em alguns aspectos a preservação deixa a desejar. E um enorme elevador, tipo aquele famoso de Salvador chega a roubar a cena, dependendo do ângulo em que se avista o conjunto. O turista tem a opção de pagar um pouco a mais para subir de elevador ou subir de escadas, a primeira opção só se justifica para quem realmente tem dificuldade de locomoção. 


Tá certo que a foto não ficou muito boa, mas este templo foi feito aproveitando um enorme salão de caverna.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Vietnam - parte 5

Motos
Não sei ao certo o número de motos em atividade no Vietnam. Ouvi falar de 60 milhões no país (com cerca de 85 milhões de habitantes), ou 4 milhões em HCMC, cidade de 5,5 milhões de pessoas. O fato é que o veículo faz parte da paisagem. Seja em cidades grandes ou pequenas, estradas de terra ou de asfalto, só dá moto. Elas são os temas mais comuns em cartões postais. No conflito contra os Estados Unidos, bicicletas adaptadas eram usadas largamente no transporte de suprimentos, armas e munições por trilhas nas florestas.Uma moto pequena, tipo Honda Bizz leva 5 pessoas. Nós mesmos pegamos uma mototáxi com toda nossa bagagem, ou seja, três adultos e nossas mochilas mais uns bagulhos em uma scooter. Existem veículos de carga adaptados a partir de moto, que chegam a levar cerca de 2 toneladas (estimativa minha). Até um búfalo adulto vivo já foi fotografado na garupa de uma moto em movimento, e virou cartão postal. 


Apesar disso, vimos apenas um acidente envolvendo motos. Na estrada, quando passamos vimos duas delas emboladas em baixo de um caminhão. Não soubemos se houve vitimas. Uma consequência disso é que o trânsito nunca engarrafa. Eu não gosto de moto, mas se fosse morar no país, não teria como escapar de ter uma. 

Sabe como se atravessa uma rua assim? Não tem mistério. Dê um passo, depois outro, e assim por diante. As motos vão se afastando, freando, corrigindo a rota, igual um rio contorna uma pedra.



sexta-feira, 18 de maio de 2012

Vietnam - parte 4

Delta Mekong 

Existem várias formas de se apreciar esta região e a mais tradicional é comprar um passeio de 1,2 ou 3 dias.  Por recomendação da dona do nosso hotel, pegamos um de dois dias. Este tour é montado de uma forma que fica agradável para o viajante, com várias atividades ao longo do caminho. Ou seja, a atração não é ir a um lugar, mas fazer várias coisas ao longo de uma viagem. O nosso passeio era composto, não necessariamente nesta ordem, dos seguintes pontos: 

Rio Mekong e Mercado Flutuante 

Um passeio pelo rio terminando em um mercado flutuante. Ao contrário do mercado que visitamos na Tailândia, o deste dia não se dá nos canais, mas no meio do rio mesmo. No caminho uma parada neste enorme Buddha gorducho e sorridente. 


Fábrica de arroz 

O arroz é a base da alimentação de grande parte da população asiática. No Vietnam possivelmente se consome ainda mais arroz que a média dos vizinhos. Ao longo dos séculos eles desenvolveram várias formas de preparo e o arroz se manifesta em seu prato das formas mais inimagináveis, como macarrão, frito, integral, em papel, etc. Conhecemos uma pequena fábrica de papel e noodle, o macarrão de arroz. Para a fabricação do papel prepara-se um mingau com arroz e mandioca, ambos em pó. Espalha-se uma porção deste caldo sobre uma chapa quente e após alguns segundos se retira o material da chapa com um rolo e seca-se ao sol. Este papel pode ser recortado em pedaços menores para serem usados enrolando-se pequenas porções de outras comidas ou pode-se cortar em fios, gerando o macarrão. 


Pomares 

Para uma planta crescer saudável, todos aprendemos que é necessário água, luz, calor e carinho. Além disso tudo a região tem um solo muito fértil e a produção de frutas é muito comum. Confesso que não achamos muita graça em fazer uma parada em um pomar, mas os europeus que praticamente só comem frutas importadas, e estas para chegarem bonitas na Europa são colhidas meio verdes, ficavam doidos e se lambuzavam. Mas não era nenhum sacrifício comer também frutas que nem lembramos mais o nome, além de manga, abacaxi e outras nossas conhecidas. De canoa, sendo levados através dos canais chegamos a outro pomar onde funcionava uma fábrica artesanal de doces. Mais uma canoa e aportamos num restaurante onde artistas locais executavam músicas folclóricas com instrumentos tradicionais. Foi aí que compramos nossos non la, aqueles chapéus cônicos. De cara eles tem a vantagem de fazer uma sombra maior sobre o rosto. Pelos locais ele também é usado como leque e ocasionalmente como balaio. Foram nossos companheiros por todo o Vietnam até serem esquecidos em um barco.

Home Stay 

Do nosso grupo, apenas nós passamos a noite em home stay. A ideia é oferecer a oportunidade de se conhecer os hábitos das pessoas que vivem no local, mas na prática isto quase nunca acontece. Os quartos para turistas costumam ser isolados das dependências da casa e se tem bastante privacidade, se este é o desejo. 

Onde ficamos os quartos eram bangalôs muito confortáveis e charmosos e suas varandas davam direto no rio. Jantamos na casa com pessoas de outros grupos de turistas e uma parte dessa atividade era uma aula de culinária vietnamita. Não aprendemos nada, mas a janta foi muito boa. Ao final, o dono da casa nos ensinou o método tradicional de se clarear água, usando uma pedra de um sal especial. Então estava todo mundo lá em volta da bacia ouvindo as explicações, quando um cachorrinho, filhote gordinho se acomodou no meio do grupo. E todos falavam “ohh, so cute”, “que bonitinho”... o dono da casa olhou pro cachorrinho, deu uma risadinha e disse, “hehehe, barbecue (churrasco)”. De fato, cachorro faz parte da culinária vietnamita também, assim como da chinesa. Aliás, a arquitetura, as músicas e o teatro de bonecos se parecem muito com seus análogos chineses. 


Pela manhã, quem quisesse podia dar um rolé pela vila. Um menino filho do dono da casa nos guiava. Fomos parar numa escola primária. As aulas não tinham começado e a criançada ficava olhando pra gente, cheia de curiosidade. Então, entrei numa sala, peguei um giz e desenhei a bandeira do Brasil. Depois a do Vietnam. Só que a estrela ficou meio torta e os meninos ficaram olhando pra ela e dizendo entre eles “Anh chàng này phải là chậm phát triển. Nhìn vào đó tác hại lá cờnhiều hơn thực hiện!”. É lógico que não entendíamos nada, mas tava na cara que eles não estavam gostando. Renilza me tomou o giz e fez uma estrela toda bonitinha na bandeira do Vietnam e aí eles até aplaudiram e ficaram todos amiguinhos dela. 


Carnes novas

No início da tarde do segundo dia fomos almoçar em uma cidade do Delta. O restaurante era simples, barato e agradável. O cardápio era variado, com pratos comuns, mas também com opção mais exóticas como cobra e rato. Porque não? Perguntei se os ratos eram comuns (aqueles que vemos nos bueiros) ou algum tipo especial, mas o garçom não entendeu. Mandamos vir assim mesmo. A cobra chegou primeiro. Eu dei uma olhada na rua pela janela, com medo de ver o garçom passar correndo com um porrete atrás de um rato, mas minutos depois, para alívio de todos, o ratinho chegou também. A cobra lembra lula, mas é mais dura, além de não ser salgada como o fruto do mar. Já o rato vem picadinho como frango a passarinho e assado. O rato é realmente bom. O gosto fica entre frango e porco e a consistência é muito boa. Pedimos outro rato. Várias pessoas de nosso grupo vinham à nossa mesa para tirar fotos da gente comendo. Apesar do espanto inicial, convencemos alguns colegas a provarem e todos aprovaram o sabor. Realmente estava muito bom.
 Cobra
Rato

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Vietnam - parte 3

Túneis de Cu Chi
As agências de Ho Chi Minh City (HCMC), antiga Saigon, oferecem um monte de passeios para os mais variados gostos e bolsos. Nosso primeiro tour foi aos túneis de Cu Chi. O pessoal transformou uma parte do que restou de um entre incontáveis sistemas de túneis usados pelas forças norte-vietnamitas contra os americanos em atração turística, que está entre as mais populares de HCMC.

A programação do tour é bastante engenhosa. A parada para lanche e ir ao banheiro é em uma loja de artesanato de excelente qualidade e grande variedade. Até aí tudo bem, nada de novo. Só que a gente entra no complexo pelas oficinas onde os artesãos trabalham e aí vem a surpresa: todos os trabalhadores são pessoas com deficiências causadas pelas armas químicas que os Estados Unidos usaram há mais de 40 anos. Se o turista tem intenção de comprar artesanato de qualidade, ele injeta grana no país e ainda ajuda estes artesãos a viverem com dignidade.


A 40 km de HCMC, os vietcongues mantiveram uma rede de túneis feitos no braço que abrigou soldados durante os anos de guerra contra os americanos. Ao longo da guerra a rede foi aumentando em quilometragem e complexidade. Falam-se em mais de 200 km de túneis. Um complexo poderia ter até três níveis, com salas de reunião, cozinha, paiol de armas poço para coleta de água, entradas de ar, armadilhas contra invasores e todo o tipo de coisa que a mente de milhões de pessoas sem recursos envolvidas em uma guerra pode imaginar durante uns 15 anos de guerra. Quando começava um bombardeio, os soldados se refugiavam nos túneis e aguardavam. Quando acabava a chuva de bombas saíam para pegar ar, dar tiro, contar os prejuízos e eventualmente recolher alguma bomba que não explodiu para retirar seu conteúdo explosivo para construir suas próprias bombas. 

Neste passeio a gente podia entrar nos túneis, que eram feitos estreitinhos para economizar esforços e sair em outro ponto. Quem tem um pouquinho de claustrofobia não consegue prosseguir.


Recebemos breves aulas de como funcionavam os disfarces das entradas dos túneis, e o mais arrepiante: as várias e várias formas de armadilhas com seus variados efeitos. As mais inofensivas “apenas” inutilizavam o soldado atravessando sua perna com um vergalhão ou mesmo uma vareta de bambu quando o distraído pisava. As mais malvadas visavam desencarnar o sujeito ao fazê-lo cair na medonha “armadilhas de tigre”, que é um buraco grande com várias lanças apontadas para cima esperando o inimigo. Outras ofereciam tipos intermediários de sofrimento, visando inutilizar o inimigo para outras coisas, como uma engenhosa geringonça que caía como um pêndulo em direção a face da vitima. Quando ela tentava se proteger com o braço, a parte de baixo atingia sua virilha. 



Pagando um pouco mais, pudemos dar uns tiros com uma AK 47 em um local dentro do complexo. Há um intervalo para lanche quando é servida mandioca (eles chamam de tapioca) com uma espécie de farinha de amendoim e um chá. Ao final, todos assistem a um documentário bem mal produzido sobre a guerra e o guia fala um pouco do conflito, sobre as perdas de cada lado, mas enfatizando que o Vietnam venceu a guerra, pois seus objetivos militares foram alcançados e o país se reconstruiu totalmente após o conflito. O esquisito é que vários americanos entre os turistas chegaram ali achando que tinham vencido a guerra e soltavam interjeições, demonstrando incredulidade.


terça-feira, 8 de maio de 2012

Vietnam - parte 2

Ho Chi Minh, o cara. 


Nguyễn Sinh Cung era seu verdadeiro nome e Ho Chi Minh, “aquele que ilumina” foi como ele ficou mundialmente conhecido. Nasceu em 1890 e trabalhando em um navio esteve até no Brasil. Viveu em vários países, ajudou a fundar o Partido Comunista Francês, estudou táticas de guerrilha na Rússia e se tornou mais tarde um dos maiores mestre nessas artes, foi expulso da China, foi preso pelos ingleses em Hong Kong, fugiu e, por fim, estava de volta à terra natal liderando uma rebelião para tornar o país independente. Seu exército foi decisivo na expulsão dos japoneses que com a queda da França na Segunda Guerra, dominou a região. Ele liderou a declaração de independência de seu país e tinha o dom de inspirar seu povo, que mesmo em condições materiais totalmente desfavoráveis expulsou os franceses e partiu para cima do Vietnam do Sul para unificar o país. Suas táticas consistiam em tirar o máximo de proveito do conhecimento do terreno e sempre promover integração entre soldados e os camponeses. Disseminou entre seus homens seus 8 mandamentos: 

1) Não estrague a terra ou as colheitas. 
2) Não insista em comprar ou pedir emprestado aquilo que as pessoas não querem vender ou emprestar. 
3) Mantenha a palavra. 
4) Faça os camponeses sentirem-se livres. 
5) Ajude-os no seu trabalho diário. 
6) No tempo livre, conte histórias simples e engraçadas que estimulem a resistência, mas não conte segredos militares. 
7) Sempre que possível, compre coisas para aqueles que moram longe do mercado. 
8) Ensine à população noções de cidadania e higiene. 

Morreu em 1969 de ataque cardíaco e não viu seu país unificado. Mas após seu exército tomar Saigon, em 1975 a cidade foi rebatizada e hoje se chama Ho Chi Minh. 

Ho Chi Minh, a cidade 


Com 5,5 milhões de habitantes Ho Chi Minh, ou Saigon, como ainda é chamada por todos é a maior cidade do país. Suas 4 milhões de motos fazem o trânsito parecer um rio que, literalmente, nunca para e leva todos e praticamente tudo para todo lado. Motos pequenas chegam a levar 5 pessoas e até um búfalo adulto vivo já foi visto em uma garupa. A cidade é charmosa e vibrante. Praças ficam lotadas a noite com pessoas de todas as idades fazendo de tudo, desde hip hop a até um esporte que não conseguimos descobrir o nome onde uma espécie de peteca é chutada entre os jogadores. Saigon ofereceu suas próprias atrações e ainda foi base para rodarmos pela região. 



Museu da Guerra 

Os Estados Unidos no seu “pernas pra que te quero” deixou para trás um verdadeiro arsenal, de modo que muita coisa entrou para os ativos das forças armadas do Vietnam e ainda sobraram vários tanques, caças, canhões, helicópteros e armas de mão para encher vários museus. O Museu da Guerra dedica-se quase que totalmente a expor o que os filmes americanos obviamente nunca mostram: como o Vietnam venceu a “Guerra da América”, como o conflito é conhecido aqui. O primeiro salão mostra as manifestações populares pró Vietnam por todo mundo. Em destaque uma parede apenas para Cuba, que apoiou o país durante toda a guerra principalmente com voluntários em construções de estradas e hospitais. As manifestações populares no próprio Estados Unidos para que suas tropas sejam retiradas aparecem várias vezes. Aprendi que haviam muitas formas de protestos além de passeatas, como a deserção, com os jovens preferindo ser presos a irem ao Vietnam como soldados e pessoas que incendiaram o próprio corpo em protesto contra o uso de Napalm pelos norte americanos. Esta guerra deixou um acervo enorme que mostra as várias faces com as quais a morte se apresentou, seja por tortura, tiro, explosão, agente laranja, queimaduras e o que mais se pode imaginar. Há uma ala só para os fotógrafos mortos em conflito. A ala dos efeitos do agente laranja, composto químico aplicado sobre as florestas para desfolhar as árvores e expor os guerrilheiros é a que mais impacta, porque se vê com frequência pela cidade pessoas com as deformações mostradas nas fotos. O Museu é excelente. Como trata de um assunto tão amargo, desencadeia emoções mais fortes do que pode-se esperar.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Vietnam - parte 1

Este país que se estabeleceu na marra tem muito mais a oferecer do que cenários de guerra para Rambo  e Braddock. Praias, museus, paisagens, ruinas, história, motos e mais motos. Possui um excelente custo benefício e é muito organizado. Está pronto para receber e é pena que os brasileiros ainda não o descobriram. Vamos nessa! 

Um pouco da História 

O Vietnam é um país pequeno, até meio difícil de achar no mapa mundi. Porém, sua posição, cercando todo o leste da Indochina sempre fez dele uma área de interesse. 

Antes de 938 o Vietnam era dominado pelas dinastias chinesas. Neste ano conseguiu na força sua emancipação. Nessa época o delta do Rio Mekong não era parte do país. Até o início do século XIX prevalecia um sistema de organização meio feudal. A França obteve o domínio do país aos poucos, com o uso de missões católicas, conquistas esporádicas aqui e ali, fomento de milícias e disputas de terra. Por fim, em 1858 o Vietnam estava convertido em mais uma colônia francesa. Porém esta ocupação nunca teve longos períodos de tranquilidade e na década de 40 do século XX surgiu o Viet Minh, exército de libertação que buscava a independência da França, liderado por Ho Chi Minh. 

Durante a Segunda Guerra o Japão dominou a colônia. Mas no desenvolvimento do conflito a guerrilha vietnamita teve muito sucesso e conseguiu expulsar os japoneses de vastas regiões, principalmente no norte. Aproveitando o embalo, terminada a Segunda Guerra o país se declarou independente. A França, humilhada no conflito a princípio aceitou, mas menos de 2 anos depois já atacava o país tentando reaver a colônia. Esta guerra de independência durou 8 anos e a França, mesmo patrocinada abertamente pelos Estados Unidos, que chegaram a bancar 70% dos custos anuais do conflito foi obrigada a reconhecer a Independência em 1954. O país ficou dividido em 2: Vietnam do Norte e Vietnam do Sul. O primeiro apoiado pela União Soviética e o Sul pelos Estados Unidos. Era uma situação que não tinha como durar e mais cedo ou mais tarde um dos lados iria tentar anexar o outro. Estava marcada para 1956 uma eleição onde se decidiria se os países se juntariam ou não. Mas devido às tensões que não foram controladas, a consulta popular nunca aconteceu. 

O Vietnam do Norte tinha em sua liderança nada menos que um dos maiores líderes estrategistas do século XX, Ho Chi Minh, que armou e inspirou seu exército e foi para cima do Sul para unificar o país. Ho inspirou também boa parte da população do sul, que sonhava em ver o país unido novamente. O Sul, que tinha maior presença ocidental e onde a influência francesa foi mais forte, contava com o apoio dos Estados Unidos. 

Em 1960, surge no sul a frente de Libertação Sul Vietnamita, os Vietcongues, contrária ao sistema capitalista e pró reunificação. O Norte, que de bobo não tinha nada, apoiou a iniciativa e estava iniciada a Guerra. No início do conflito os Estados Unidos apoiavam apenas com armas, inteligência e suprimentos. Mas logo viram que não seria suficiente, pois os comunistas estavam muito mais motivados e determinados no conflito. Em 1965 os Estados Unidos usando uma desculpa de que os Vietcongues haviam atacado um de seus navios, entram de cabeça na região para se afundarem até o pescoço na lama do Mekong. A estratégia do Norte era o uso intenso de práticas de guerrilha, nas quais Ho Chi Minh era mestre, além de sempre manter a população solidária ao movimento. A dos Estados Unidos, na quase total ausência de alvos militares para serem destruídos, era explodir tudo que estava de pé, queimar e desfolhar florestas para expor os Vietcongues e assim pressionar os nortistas. Chegaram a manter mais de 500 mil soldados no Vietnam e mais de 6 milhões foram enviados ao todo para o conflito.

"Nós aprendemos que os B52 são usados ​​para bombardear alvos muito grandes ou complexos militares de dezenas de quilômetros quadrados. Tais alvos não existem no Vietnam. Eu entendo que os bombardeios com B52 em áreas densamente povoadas é para matar mais e mais pessoas para gerar pressão." Bernasconi Luis Henry, Tenente-Coronel americano.

Os Estados Unidos contava ainda com o apoio de um cordão de puxa-saco: tropas Australianas, Sul Coreanas, Tailandesas e Neozelandesas. Os números do conflito são apavorantes. Os Estados unidos perderam cerca de 58 mil combatentes e mais de 300 mil foram feridos e tiveram que ser removidos. O Vietnam perdeu cerca de 3 milhões de vidas e o país foi completamente destruído. Outros 2 milhões de cambojanos e laocianos também morreram, pagando o preço por fazer fronteira com o teimoso Vietnam.

Carta enviada ao Primeiro Ministro do Japão, por um cidadão japonês que ateou fogo ao próprio corpo como protesto contra a Guerra dos Estados Unidos no Vietnam, dizendo que enquanto os EUA alegavam estar protegendo os Vietnamitas do Sul, os hospitais estavam cheios de civis e crianças, além dos mortos e da destruição de plantações. 

Ainda hoje nascem crianças com deformações físicas graves devido aos efeitos das armas químicas usadas pelos Estados Unidos. 

Relato de Goro Nakamura, jornalista fotógrafo japonês que cobriu a guerra e seu legado, a respeito dos efeitos do agente laranja, arma química usada pelos EUA no Vietam. 

Contudo, em 1973 os americanos foram expulsos pelos Vietcongues e na retirada bilhões de dólares em equipamentos foram destruídos para não ficarem na posse do inimigo. Dois anos depois o conflito se encerra com a vitória total do Norte sobre o Sul e em 1976 o país é reunificado.

Parte do armamento americano capturado ou deixado para trás na sua retirada do Vietnam, hoje exposto em museus.

Condecorações de um sargento americano doada ao povo vietnamita com um pedido de desculpas. "I was wrong. I'm sorry", William Brown, SGT.

Em 1979 o Vietnam invade e domina o Camboja e põe fim ao massacre que estava em curso naquele país sob o comando do Khmer Vermelho, salvando talvez milhões de vidas (cerca dois milhões já haviam morrido sob o comando do Khmer Vermelho). Pra quem expulsou franceses e norte americanos, dominar o Camboja em frangalhos era um passeio. Desde então o Vietnam se reconstruiu e na década de 90 fizeram as pazes com os Estados Unidos, pondo fim a um embargo econômico que travava o país. Se manteve comunista e hoje desfruta de uma boa condição socioeconômica. Projeta para 2020 estar classificado como um país industrializado.

Camboja - parte 4

Assédio no Camboja

Apesar das praias de água quentinha e do calor que faz no Camboja, a população local tem o costume de entrar na água de roupa, do mesmo jeito que andam nas ruas, calça e camisa de manga comprida. Somente as crianças do sexo masculino e os gringos usam poucas roupas. Não raramente os meninos nadam nus e os gringos usam sungas e biquínis. Nós nos hospedamos em Serenity em uma Guesthouse a meia quadra da praia, mas mesmo assim não nos sentíamos a vontade para andar de roupa de banho até a Guesthouse. Quando voltávamos da praia caminhávamos pelo calçadão até a entrada da rua para ir secando e ali nos vestíamos. Certo dia, Ricardo meio displicente entrou na rua ainda de sunga e antes que parasse para vestir a bermuda um “rapazinho” se deu de frente com ele, olhou para sua sunga e admirado exclamou: “uhhh... sexy!”. Ricardo achou engraçado e respondeu “thank you”, vestiu seu calção e foi embora. E eu fiquei bem orgulhosa vendo meu marido receber um elogio tão espontâneo, hehehe.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Camboja - parte 3

Soh Rong 

Em Sihanouk Ville um italiano nos informou, meio ressabiado da possibilidade de tufão nas próximas 48 horas. A partir daí, passei a me informar com mais detalhes com o pessoal que organizava passeios para mergulho. Como o tufão não vinha resolvemos arriscar. 

Vistos do Vietnam obtidos, praias de Sihanouk Ville devidamente curtidas, compramos um pacote para uma das ilhas de Soh Rong. Dois dias em um bangalô bem rústico numa praia sem telefone e energia elétrica (tudo bem, de 18 às 22h eles ligavam um gerador). As casinhas eram “pé na areia”. Renilza acordava e me chamava para vermos o sol nascer.
 


Arrumamos três amiguinhos, que exploravam livremente a ilha, entravam na água, vinham à nossa varanda e depois sumiam. Kiko e Chaves tinham personalidades fortes. Chiquinha, burrinha de tudo só andava atrás do Kiko. Chaves tinha seus próprios objetivos. Então só às vezes os três eram vistos juntos.


Pegamos a lua cheia e o visual a noite era esse aí. Bem mais ou menos. 

O período de isolamento eu usei para desenvolver algumas atividades. Ainda não consigo amar como Jesus amou e muito menos viver como Jesus viveu, mas já posso andar sobre as águas. 


Ônibus 

A forma mais barata de se “fazer” a Indochina (Laos, Camboja e Vietnam) é por terra, de ônibus. Assim ainda se aproveita as paisagens e se pode testemunhar parte da rotina dos moradores. Une-se o útil ao desagradável, mas sai a um bom preço. O azar dos mochileiros, clientes assíduos deste meio de transporte, foi que alguém conseguiu convencer as agências de turismo de que os gringos gostam de conforto, conforto é viajar deitado e viajar deitado é em sleeping bus. Então praticamente não há outra opção. É encarar e seja o que Deus quiser. Juntamos a tudo isto a obrigatoriedade de se tirar os calçados ao se entrar no ônibus, mais o péssimo, ou inexistente serviço de limpeza dos assentos entre viagens, a total falta de cuidado com as bagagens pelos funcionários e está armado o circo. A qualidade varia de lugar pra lugar, mas os ônibus do Camboja dão medo. Sempre tem vários vidros estilhaçados. Num dos ônibus o para brisa estava furado por algo que deve ter sido um tiro de canhão. Ninguém respeita o número do bilhete que você comprou. Para “aumentar as comodidades” para o turista, não existem rodoviárias e algum transporte te pega em seu hotel. Então nem adianta tentar chegar cedo para garantir um bom lugar. Se você está na janela, seu corpo vai ficar apoiado no vidro. Na primeira viagem que fizemos quase não dormi, pois justo no meu lugar o vidro estava todo estilhaçado. Vai que eu me apoio e o negócio se rompe... os assentos são fedorentos, cheios de marcas de baba velha, suor misturado com protetor solar e a poeira acumulada de vários mochileiros que nem sempre podem tomar banho regularmente. Ainda tem as goteiras dos condicionadores de ar e o ronco do motor pra quem fica com o fundão. Fora o chulé da galera e os restinhos de salgadinhos nas entranhas das almofadas. Passageiros nativos pegos no caminho frequentemente se deitam nos corredores e não é difícil uma perna ou um ombro sobrar pra quem pegou “cama” na parte de baixo. Terrível, terrível. 

Além disso, tem o fato de que os ônibus, normalmente fabricados na China, são feitos para pessoas, digamos, baixinhas. Como a maioria dos mochileiros é de europeus dá pra imaginar o nível de conforto encontrado. Eu que tenho 1,82m me espremia na minha cama e ficava com pena de alguns gringos bem maiores. 

Embora nada tivesse sido roubado de nossas bagagens (usávamos cadeados), há uma lenda de que pode existir esquema entre o ladrão e o motorista para que o primeiro viaje no porta malas e com uma lanterna possa fazer uma checagem com calma nas bolsas. Lenda é lenda. 

Retirada 

O Camboja nos preocupou um pouco, mas já no primeiro dia vimos que dá pra aproveitar o país sem medo. E o legal é saber que só de estar ali e gastar alguns dólares já estamos ajudando esta nação, que realmente precisa. Se puder se esforçar um pouco mais, não dando esmolas e preferindo produtos da economia local, ajudará ainda mais. É um dos poucos lugares onde ainda é possível fazer um bom passeio sem ter que deixar ali os olhos da cara.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Camboja - parte 2

Siem Reap

Esta cidade é a base para se explorar os templos de Angkor. Chegamos no nosso hotel e prontamente fomos alojados. O hotel, que saiu pra gente por 11 dólares a diária era todo perfeito e as pessoas faziam de tudo para nos agradar. Inclusive emprestavam as bicicletas (uns camelos, é verdade, mas davam para o gasto). Se for um dia baixar por lá, trata-se do Gloria Angkor. A cidade é bem estruturada e ainda tem um museu que parece ser bom, mas não o conhecemos.


O trânsito no Camboja é uma aventura em si. Carros com direção na mão inglesa e não inglesa convivem normalmente. Mão e conta mão é uma definição que segue quem quer. É muito comum em uma avenida extremamente cheia, você se assustar com um carro vindo em sua direção totalmente na contra-mão. Mesmo assim só vimos dois incidentes. No primeiro nem sabemos se houve vítima, pois só vimos a moto caída. Já o segundo, bem... um certo casal de brasileiros saiu do seu hotel a noite com suas bicicletas para irem jantar. A mulher, morena, 1,68m ia à frente, numa avenida muito movimentada (carros, caminhões, motos, bicicletas, cavalos, etc.). De repente, uma cambojana simpática se emparelha com a brasileira e começa um diálogo em inglês. A brasileira fica toda feliz pela abordagem e engrena a conversa. Porém, não vê que uma moto vem na contra mão em sua direção e batem de frente. Um totózinho de nada, pois todos vão muito devagar. Ninguém caiu, e muito menos se machucou. Mas a avenida praticamente parou com o grito da brasileira (ver salto do Bungee Jump da Renilza). Todos se assustaram, riram e a vida continuou.

Angkor Wat

Este é o principal e mais bem preservado templo do complexo. A figura deste templo compõe a atual bandeira do Camboja e é sua atração turística mais importante. É considerado como a maior estrutura religiosa alguma vez construída e um dos tesouros arqueológicos mais importantes do mundo. O templo, inicialmente hinduísta e depois também budista é o ponto máximo do estilo clássico da arquitetura khmer. É considerado um dos tesouros arqueológicos mais importantes do mundo. Angkor Wat faz parte do complexo de templos construídos na zona de Angkor, a antiga capital do Império khmer durante a sua época de esplendor, entre os séculos IX e XV. Abrange uma extensão em torno dos 200 km², embora recentes pesquisas estimem uma extensão de 3 000 km² e uma população de até meio milhão de habitantes, o que o tornaria o maior assentamento pré-industrial da humanidade. Pode ser admirado tanto na sua grandeza, fazendo parte da paisagem, sendo várias construções em pedra em meio a uma floresta, com lagos artificiais ao redor das principais construções, para ajudar na proteção do que um dia também foi uma fortaleza, bem como nos detalhes, entalhados em pedra, que dentre outras cenas, há complexas formações de batalhas de exércitos. 


Para leigos como nós, dois ou três dias são necessários para explorar o complexo. Como tínhamos poderosas bicicletas e ninguém para nos atrasar, conseguimos fazer em 2. Nada mole. Fazia um calor insuportável e no segundo dia andamos por volta de 50 quilômetros. Chegamos a achar que estávamos perdidos, mas o negócio é grande mesmo. Para piorar, um pneu de uma das bikes furou faltando uns 5 km para chegarmos ao hotel. Achamos um senhor que na beira da estrada que enchia pneus, com uma perna amputada, provavelmente por uma mina terrestre (o país é um dos mais minados e apesar dos esforços intensos, as previsões são de que apenas em 2020 se verá livre de minas explosivas). Foi uma boa ajuda. Assim, conseguimos chegar ao hotel, com o pneu já vazio.

Angkor é impressionante, mas não é a única coisa pra se ver no país. Com uma boa pesquisa, pode-se investir um bom tempo explorando outros lugares, principalmente praias, fazendo-se massagens talvez até melhores que a tailandesa e tudo por um preço muito baixo.


Sihanouk Ville

Precisávamos ainda dos vistos de entrada do Vietnam e descobrimos uma excelente barbada: a cidade praiana de Sihanouk Ville possui um consulado deste país e lá o processo era bem mais fácil e rápido. Por que não? Fomos para lá e este se tornou um dos maiores achados de nossa viagem até o momento. As praias são muito boas, tem várias empresas de mergulho, cassinos e uma razoável estrutura.