segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Belém - Pará



Chegamos à capital paraense por volta das 3h da madrugada de 31 de dezembro. Tínhamos uma reserva no Hotel Spada, cerca de 800m do aeroporto. Apesar da escuridão e de algumas recomendações em contrário decidimos ir à pé. Taxistas não gostam de pegar passageiros para distâncias curtas e, a essa hora, seria muito difícil um trombadinha estar esperando em um local de baixíssima circulação um casal mal encarado para assaltar. O hotel é simples, em um bairro igualmente humilde. Mas as coisas funcionavam, tem até uma piscina boa. Saímos de lá por volta do meio dia e fomos para o Soft Hotel, no centro de Belém. Este sim, um bom hotel, mas bem mais caro, que foi escolhido porque era ano novo e não tínhamos nada planejado. A cidade podia estar meio parada e não achamos um hostel bem avaliado pra arriscar. Sem programação para o réveillon vimos na internet que festa da pública seria no Portal da Amazônia. No caminho para o ponto de ônibus fizemos uma breve parada na Basílica de Nazaré, que enfeitada com luzes de natal estava muito bonita.
Pegamos um ônibus para o Portal da Amazônia e descemos assim que ele parou num engarrafamento e fomos seguindo o fluxo pensando ter chegado ao Portal, mas era a Estação das Docas. Nem ligamos porque rolava uma festa muito legal lá. Gente com e sem grana de divertindo e um show de samba muito bom, com Mariza Black, excelente sambista paraense. Curtimos bastante gastando muito pouco, já que a entrada era livre. Rolou fogos de artifício e, ficamos com a impressão que o erro foi uma sorte porque além da música muito boa o lugar era bem legal.

Pegamos dicas do que fazer em Belém com a Iva, uma amiga paraense que conhecemos no Jalapão. O roteiro demanda 3 dias para desfrutar sem correria. Visitamos quase tudo que ela nos indicou e todos os lugares valeram a visita. A maior parte das atrações fica no centro histórico e dá pra percorrer tudo a pé. No complexo estão a Estação das Docas, o mercado Ver o Peso, o Forte do Presépio, a Casa das 11 Janelas, o Museu do Cirio de Nazaré, a Corveta Museu, se não esqueci de nada. Desses só não visitamos a corveta. Todos valem a pena, embora nenhum seja uma atração muito imponente. Por estarem muito próximos, enchem bem um dia de passeio. Os museus são pequenos, mas interessantes e muito bem organizados.

Mercado Ver o Peso
Praça do Relógio
Forte do Presépio  
Museu do Círio

Mangal das Garças
É um agradável passeio para uma manhã ou uma tarde, como fizemos. Trata-se de um parque cheio de garças, guarás e outras aves, além de outras atrações como um orquidário um mirante acessado por um elevador que vale muito a pena.  

Theatro da Paz
Visitamos o Theatro da Paz num domingo de manhã. O teatro fica na Praça da República e estava rolando uma feira de artesanato. As visitas são guiadas e de hora em hora. O guia era muito bom e simpático. Fomos caminhando pelo prédio enquanto ele explicava o contexto histórico de cada fase de construção ou reforma e também os significados dos aspectos arquitetônicos. 

Parque do Museu Emilio Goeldi
Outro opção muito legal principalmente para quem ainda está começando a ter contato com a Amazônia. É um parque bem no meio da cidade, que fica a algumas quadras da Basílica de Nazaré.  

Do que vimos, podemos dizer que Belém tem suas atrações e atrativos. Se existisse um interesse real na preservação e recuperação dos casarões mais antigos, provavelmente a capital paraense seria uma das mais bonitas do Brasil. Mas ainda assim a cidade vale a visita. As diversas mangueiras fazem dela uma cidade única. As mangueiras são de longe as maiores que já vimos. As sombras dessas árvores são enormes, aliviando bem o forte calor para quem caminha pela cidade. Mas após cada chuva, milhares de frutos são levados pelas enxurradas e, provavelmente o sistema de saneamento sofre muito com isso. Mas, fazer o quê, né?

Enfim, e muito importante, apesar de termos uma pequena dificuldade para entender o sotaque dos nativos, sempre que precisamos de alguma ajuda fomos muito bem orientados. As pessoas foram muito educadas e dispostas a ajudar. Então, sim, Belém vale muito a pena ser conhecida. 

Ainda passamos por Belém mais duas vezes voltando de outras cidades. Mas aí ficamos no Hostel que estava mal avaliado no booking. A avaliação está super injusta. O hostel é muito bom e o dono e a gerente são super amáveis além de fornecerem informações preciosíssimas.
   

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