Partimos de Belo Horizonte no dia
29 de dezembro para São Luís. Esta capital entrou na rota por imposição dos
preços das passagens, mas não podemos reclamar. Apesar das poucas horas
disponíveis para explorá-la e do calor, pudemos ver alguma coisa do que oferecia,
mas é só uma primeira impressão. Os Sarneys estão por todos os lados. Nomes de
ruas, dedicatória escandalosa no painel pintado no aeroporto, nome de bairros,
ponte,... Como um todo, não se pode dizer que é uma cidade bonita. Mas
as pessoas são atenciosas e educadas e levam suas vidas, apesar do pouco que as
administrações públicas fizeram por elas. Ficamos no centro histórico, que se
não está bem preservado, consegue pelo menos mostrar que há um esforço para que
se mantenha firme. Os grandes casarões com seus azulejos portugueses são o
orgulho da cidade, que realmente fazem dela uma paisagem muito particular e
bonita. O revestimento externo com azulejos foi uma solução muito engenhosa
adotada no século XVIII para refletir o máximo possível da luz do sol e tornar
suportável a temperatura no interior dos casarões.
Caminhamos vários quilômetros no
centro histórico, com pequenas paradas em algumas igrejas (que além da singela
beleza ofereceram preciosas sombras). Pegamos uma visita guiada no Museu do
Nhozinho, famoso artesão maranhense que mesmo tendo sofrido por quase toda a
vida de uma grave doença que o fez perder as duas pernas e partes dos membros
superiores esculpiu belíssimas obras que retratam muito da cultura maranhense.
Após duas breves cervejas na Feira da Praia Grande, pegamos nossas bolsas no
hotel e seguimos de ônibus para o aeroporto. O ônibus nos deixou a menos de um
quilômetro do aeroporto, evitando gastos com taxi.
São Luís tem suas
particularidades, mas carece de alguns cuidados que poderiam torná-la mais
atraente para os visitantes e interessante para os moradores. As praias não são
espetaculares, mas suas conformações permitem o banho. Porém, a não ser que
você possa se afastar da cidade, são praticamente todas impróprias para o banho
devido à contaminação das águas (o que não impede de serem usadas,
principalmente pelos moradores).
Enfim, o dia acabou com a gente no aeroporto
aguardando o voo para Belém, marcado para as 01h de 31 de Dezembro.
Tive em São Luis em 2013 e as minhas impressões foram bem parecidas com as que você descreveu sobre as praias, os pontos turísticos não tão turísticos, etc...mas tive a chance de experimentar um camarão na "muranga" delicioso! Abraço! Dani.
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