domingo, 8 de abril de 2012

Indonésia - parte 3 (Bali)

Ubud - Bali

Bali é o lugar. Escolhemos a cidade de Ubud. Arquitetura de forte influência indu preservada, religião Bali-Hinduísta e com estrutura ótima para turismo. Os preços muito baixos de alimentação, hospedagem e passeios.

Mas em vez de economizarmos, tivemos alguns dias de boa vida. Topamos pagar os preços de albergues fedorentos na Austrália por quartos extremamente confortáveis, em hotéis com piscinas de águas termais, limpíssimos e muito aconchegantes. Nossa estimativa é de que estávamos pagando entre 20 a 25% do que pagaríamos por algo do mesmo nível no Brasil.
O primeiro passeio foi na floresta dos macacos. Lá a macacada fica esperando aparecer alguém com banana (que se compra na entrada). Eles sobem na gente e até dão uma mexidinha nos nossos cabelos, como fazem entre si, catando piolhos. Só que a gente tem que ficar atento porque eles não gostam que fiquemos muito tempo próximos a seus filhotes. Por 2 vezes uma mamãe macaca correu em direção à Renilza, que gritou bem alto para toda a floresta ouvir (ver salto de bungge jump da Renilza). Ai que vergonha! Neste lugar tem alguns templos, onde só podíamos entrar de sarongue.
No mesmo dia fomos ao Zoo, dentre outras coisas, para passear de elefante. Os elefantes asiáticos são bem menores que os africanos, que estamos acostumados a ver nos zoológicos do Brasil. Me informei que por uns 3 mil reais eu consigo um filhote. Mas segundo eles, o mais caro e difícil é alimentar e treinar um bichinho desses.

O tigrinho aí de baixo é um filhote, mas já era do tamanho de um pastor alemão. Quando os funcionários o trouxeram, parece que ele não tava muito a fim não, porque tentou bocar os caras várias vezes. Os filhotes, neste tipo de exibição podem ser até mais perigosos que os adultos, porque se começam a brincar, uma patada pode fazer cortes muito profundos. Ficamos um pouco na dúvida sobre aquele tipo de exposição e exploração, mas é uma forma de o zoo levantar grana para se manter. A consciência pesou um pouquinho, mas entramos na fila e fotografamos o gatinho também.

Para o dia seguinte a missão era encarar o vulcão Batur. 1717. Eu sei, 1717m não é lá essas alturas todas. Mas a promessa era um passeio com uma parada em uma plantação de café, onde produziam o famoso Kopi Luwak. Em seguida pararíamos na base do morro, caminharíamos 2 horas subindo o vulcão e chegaríamos lá por volta das 5h da manhã, para vermos o nascer do sol.

Na fazenda de café, nos explicaram porque o dito cujo deles era tão melhor que o dos outros. A civeta, um bichinho muito simpático do tamanho de um gato, sobe no pé de café, escolhe os melhores frutos, come e vai embora. Só que o caroço não é digerido e sai “naturalmente”. Mas no aparelho digestivo do animal o grão sofre uns ataques químicos que alteram sua composição. O café deste grão, dizem, é o mais saboroso do mundo, chegando a custar 100 dólares a xícara. Eles tentaram fazer a gente comprar, mas eu queria mesmo era comprar um casal do civeta.

Bom, chegamos ao pé do vulcão e começamos a subida. Vacilamos e estávamos mal equipados. Não fomos com nossas melhores roupas (ou de reserva, para trocar quando estivéssemos suados) e não tínhamos lanterna. Estava frio e com muita neblina. Mas isto era normal e segundo nossa guia, normalmente ela se dissipava antes do sol nascer. No começo a subida era leve, mas logo o caminho empinou e aí foi duro. Sofremos um pouco, mas finalmente chegamos no topo, antes das 5h. Com certeza o sol nasceu naquele dia, mas foi um parto que não pode ser assistido. A neblina não foi embora e mal dava para ver uns 30 metros a diante. Mesmo assim tomamos nosso café da manhã, com ovos cozidos em fumarolas do próprio vulcão. O gosto dos ovos era o mesmo, mas não deixa de ser uma experiência. Não havia o que fazer. Descemos e voltamos para Ubud. Faz parte.
Já no nosso primeiro dia de hotel escolhemos fazer uma massagem balinesa. Gostamos tanto que desde então não ficamos mais de 3 dias sem massagem. Ao todo em Bali fizemos 4.

Nossa última noite foi encerrada em um espetáculo teatral de Kekak. Uns 70 homens se colocam sentados em círculo fazendo um coro muito bem orquestrado de “tchaca, tchaca, tchaca, tchaca”, enquanto dançam apenas com os ombros, troncos e braços. No meio do círculo se passa a representação (que não entendemos nada), onde duas bonitas moças representam os personagens (sempre dançando) e outros personagens interpretados por homens, vestidos de entidades, (geralmente com formas de bichos) também se sacolejam. Juntando isso tudo com o cenário, um pátio de templo hindu, fogueiras e estátuas, está formado o espetáculo.

A Indonésia é muito sedutora. Apesar de ser um país pobre, passa a impressão de que está se virando bem. Saímos de lá muito satisfeitos por termos escolhido aquele país.

3 comentários:

  1. Gente... Vcs estao aproveitando mesmo, hein?! Meu sonho conhecer Bali...
    Saudade de vc, Renilzinha!!!
    beijooos

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  2. E aí moçada.. Estou aqui acompanhando tudo pela net.... Cuidado pra não esquecer do Brasilsão... Abs

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    1. Pode ficar tranquilo meu amigo, não só não esquecemos como estamos convencendo a gringaiada a gastar seus euros aí. Grande abraço!

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