sábado, 21 de abril de 2012

Tailândia - parte 2

Bangkok
Temos uma teoria de que se queremos realmente começar a entender um pouco de um país, devemos nos afastar das capitais. Este era o plano também para a Tailândia. Mas decidimos usar Bangkok como base para conseguir alguns vistos de países que visitaríamos nos próximos meses. O visto da Índia estava se saindo especialmente complicado. Mais pela má qualidade do site oficial do que pelas etapas realmente necessárias. Mas o principal, é que só fomos entender que nossos passaportes ficariam retidos no escritório da Embaixada Indiana já no local. Então decidimos naquele momento que iríamos unir o útil ao desagradável: como estávamos mesmo precisando parar em algum lugar com uma boa estrutura para estudar, lavar roupas, descansar, escrever para o blog, organizar fotografias, enfim esperar a poeira de 40 dias de viagens baixar e não queríamos ficar pipocando pelo país sem passaportes, Bangkok se tornou a cidade em que ficamos por mais tempo até agora. Ficaríamos uns 10 dias e depois iríamos para o Camboja. Os planos de fazer a Indochina por terra deixava em aberto a possibilidade de voltarmos à Tailândia...

Transporte
Em pouco tempo Renilza entendeu bem a lógica do transporte público de Bangkok. Com certeza é uma metrópole bem servida deste recurso. Táxis e tuk-tuks carecem de mais organização, fiscalização e uma forma eficiente de padronização de preços também para os turistas. Para quem mora na cidade e a conhece é fácil negociar uma corrida, mas qualquer recém chegado se sentiria mal em ter que negociar algo assim. E o pior é que os motoristas não tem vergonha de começar uma negociação em 50, quando o preço a que estão dispostos a fazer o trajeto seja 10. Por outro lado, metrô é muito abrangente, confortável, barato e pontual. Na TV do metrô vimos um comercial com a Gisele Bündchen. Foi muito bom ver alguém com a cara da gente depois de tanto tempo longe de casa (brincadeirinha). Além disso, ao longo do Rio Chao Phraya percorre um transporte público igualmente eficiente e ainda mais barato. Além de a vista da cidade a partir do rio já ser uma atração à parte. A cidade ainda conta com ônibus e moto-taxis, que não chegamos a usar. Alguns ônibus são bem velhos, mas parece ser proibido o transporte de pessoas em pé. O mais importante é que, usando uns 4 mapas diferentes, Renilza aprendeu a chegar a qualquer ponto da cidade pegando um boat no Chao Phraya e passando para uma estação de metrô. Difícil era ficar na mão dela, toda se achando.

Wat Po
A concentração de templos em Bangkok com certeza é maior do que de igrejas em qualquer cidade do Brasil. A cidade conta com centenas deles e alguns são especiais e mesmo passando mais de 10 dias na cidade deixamos vários dos principais para trás. Wat Po fica na parte antiga da cidade. Na verdade, é um complexo com várias construções. Impressionam os riquíssimos detalhes das construções, revestidas com pedaços de cerâmica cuidadosamente assentados, as dezenas de Budas expostos, as passagens históricas e lendárias em alto relevo. Porém, o mais impressionante neste complexo é o “Buda Deitado”. Uma estátua com quase 50 metros de um Buda deitado com a cabeça apoiada no braço direito. Ela é foliada com ouro 24 quilates.

Quase se esquece que está em um templo, ou seja, lugar onde as pessoas vão para cumprir ritos de sua religião. Em várias partes do complexo o acesso só é permitido para quem realmente está ali para isto. É grande a quantidade de monges e pessoas meditando ou entoando mantras. Toda vez que se entra em um templo é obrigatório retirar os calçados, pratica comum também em vários estabelecimentos, hotéis e principalmente nas residências. Pode-se ficar perdido por algum tempo no Wat Po, dado a quantidade de coisas interessantes para se ver.

O Grande Palácio


Este talvez seja a principal atração de Bangkok, talvez da Tailândia. Um mega complexo contendo incontáveis templos, esculturas, pagodes, o Palácio e torres. Os turistas entram e saem em multidões. Quase impossível uma boa foto sem um monte de figurantes nos arredores. E dá para entender por que. Tudo é muito caprichado. Cada centímetro parece ter sido construído com o maior zelo. Na aquisição dos ingressos se ganha um mapa do local. Sem ele pode se perder muito tempo dando voltas e o pior, deixar para trás partes importantíssimas deste local. A principal atração, com certeza é o Buda de Esmeraldas, que fica em um templo que não abre todos os dias. O Rei da Tailândia tem o privilégio de ter este templo como a sua capela pessoal. Então, se der na teia dele de querer ir lá fazer suas orações, babau visitações. Mas demos sorte. O dia estava muito bonito (e tórrido) e conseguimos entrar no templo e ficar lá dentro sentados por alguns minutos. Fotos do Buda de Esmeraldas são proibidas e os guardas podem até, em casos extremos, confiscar seu cartão de memórias. Mesmo assim Renilza, do lado de fora do templo, tirou uma foto usando o zoom da máquina, inspirada por um japonês que fazia o mesmo. O problema é que ela ficou ali parada um tempão, até que um guardinha surgiu na frente da lente dizendo: Eliminar agora! Eliminar agora! Renilza virou as costas e se enfiou na multidão. Que vergonha que eu fiquei! Mas deu tudo certo.

2 comentários:

  1. Eta Renilza, cuidado pra nao ficar aí....

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  2. Fala Rick.... To adorando acompanhar vcs nessa viagem... aqui quando vcs vão chegar na india? Lembra ai do meu buda eim... me passa o valor na hora que achar que eu deposito o dinheiro na hora pra vc.

    Flávio Torres

    Abraços amigo.

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