quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Rússia - parte 1

Rússia

Nada menos que 11% de toda área do planeta formada por terra pertence a este país. Nesse terreno já houve de tudo. Tribos e impérios mataram e morreram sem miséria. O país já teve várias formas e divisões e o histórico de várias guerras ajudou a moldar este povo e também a torná-lo temido no mundo todo, principalmente na Europa, e especialmente odiado por muita gente do leste europeu.

As contribuições para a humanidade são extensas. O povo da Rússia, a exemplo do sertanejo é antes de tudo forte. É preciso muita bravura para enfrentar as limitações econômicas e o frio extremo que ano após ano marca ponto em quase todo o território. Este povo deu ao mundo nada menos do que Dostoievski, Tolstoi, a primeira estação espacial e mais um monte de coisas e cérebros.

Um pouco de história

No século XVI, sob a liderança feroz de Ivan, o Terrível, o país adquire um território colossal. A Dinastia Romanov se inicia em 1613. O país vence a Suécia em uma guerra e toma parte do seu território, incluindo o que hoje é São Petersburgo. Continua a expansão e em 1648 já faz fronteira com o Canadá. Posteriormente a extremidade do país, o Alasca, é vendida aos Estados Unidos.

O País se manteve um império, com organização praticamente feudal até 1917. Liderados por Vladimir Lenin, a Rússia se tornou a primeira nação comunista da história. A sequência de fatos gerou uma guerra civil, também vencida pelo time de Lenin. Em 1922 foi criado um novo país, a URSS, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. A Rússia na teoria era apenas uma delas, mas na prática era quem realmente mandava.

A aventura socialista inspirou ou cooptou outros países a entrarem para este time. Bem ou mal, foi durante este regime que o país adquiriu um poderio militar que o coloca em posição privilegiada no cenário mundial.

Na corrida espacial não chegou à lua, mas teve grandes vitórias: pôs em órbita o Sputnik, primeiro satélite artificial, colocou o primeiro bicho em órbita (a cadela Laika), o primeiro homem (Yuri Gagarin), enviou a única sonda a Vênus e colocou em órbita a estação espacial Mir.

Desde 1945, na Guerra Fria, várias vezes fez o resto do mundo se borrar, quando protagonizou trombadas diplomáticas e militares com Estados Unidos e seus alinhados. Nunca houve um conflito militar direto entre estas nações, mas foi por pouco. Em 1962 a instalação de bases de lançamentos de mísseis em Cuba apontados para os States foi o momento mais tenso.

Em 1991 o sonho comunista (ou pesadelo) acabou. A economia do país não conseguiu sustentar os gastos militares e de manutenção da organização dos países alinhados. Foi o fim da URSS e cada nação tomou seu rumo. A Rússia voltou a ser a Rússia. Da URSS ela herdou um arsenal de primeira linha e toda a dívida externa. A economia degringolou. Várias crises se sucederam. O PIB entre 1990 e 1995 foi reduzido à metade.

Em 1998, outra crise afundou o país, levando à queda do presidente Boris Ieltsin e a chegada ao poder de Vladmir Putin. Este se manteve no poder desde então, como presidente ou primeiro ministro. Enfim, as coisas parecem ter entrado nos eixos e nos últimos 12 anos o país tem se mantido estável politica e economicamente.

Lição de casa: nunca ter a Rússia como inimiga. A história mostra que eles sabem tomar pancada e sabem mais ainda cobrar pelo desaforo.

Exemplo 1: em 1812, Napoleão invadiu o país e chegou até Moscou. A cidade estava vazia, sem vivalma e sem comida para roubar. Era uma armadilha. Famintos e com frio os franceses deram meia volta. 95% deles morreram. Os russos os perseguiram até Paris e a dominaram.

Exemplo 2: na Segunda Guerra, Hitler invade a URSS. Foi fácil até chegarem a Leningrado, hoje São Petersburgo. Aí o Exército Vermelho para os nazistas e a Alemanha começa a perder a guerra. Isto custou à Rússia a vida de cerca de 25 milhões de pessoas. Mas, eles foram os primeiros a chegar a Berlim. Esta marcha forçou os Estados Unidos a correr para chegar logo a Berlim também, pois se ficassem esperando, a URSS não se importaria em dominar toda a Alemanha e quem mais pudesse. No caminho, os países que foram sendo “libertados” dos nazistas pela Rússia iam ficando nas mãos de governos comunistas colocados por Moscou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário