sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Rússia - parte 2

Expresso Transiberiana

Agora sim. Estávamos definitivamente em um trem Expresso Transiberiana. Como qualquer início, sempre há uma grande tensão. Como são as camas, a segurança, a Máfia Russa domina mesmo a Transiberiana?. Tudo isso borbulhava nas nossas cabecinhas. Bom, por partes.


Existem 3 tipos de acomodações. A primeira classe é formada por quartos para 2 pessoas. A Segunda, por compartimentos para 4 pessoas e a terceira é formada por camas em beliches ao longo dos vagões de modo a acomodar 54 pessoas cada. É a mais barata e foi a que usamos. Ela tem algumas vantagens de que gostamos muito. Os colchões são bons, mais do que satisfatórios. Há espaço suficiente para as bagagens. 


A segurança acaba sendo melhor do que parece. Com pouco tempo todo mundo que está em uma parte do vagão já sabe quem é daquele setor e quais são os pertences de cada um. Então fica difícil para o ladrãozinho tentar roubar algo já que uns acabam vigiando as coisas dos outros. De tempos em tempos as funcionárias passam vendendo de um tudo, mas fica ainda mais barato você comprar os miojos e afins nas paradas. Os russos vendem umas esfirras e pastéis bem parecidos com os brasileiros, além de embutidos e peixes defumados que não chegamos a experimentar.

O mais legal é a possibilidade de ver os russos se interagindo e se embebedando. A terceira classe é muito pouco usada por turista. Nos três trechos que fizemos encontramos apenas com duas duplas. Uma de franceses e outra de ingleses, provavelmente. Afinal, a gente é que se torna a atração turística. Como viajamos no verão, a Sibéria não tinha dada daquela paisagem coberta de neve. À medida que a viagem foi progredindo fomos nos afastando do Equador, ao ponto de acontecer de não vermos noites. Dormíamos 1h da madrugada e acordávamos cedo e era sempre dia.

O primeiro trecho, Zabaykalsk – Irkutsk tem uma atração que é ficar horas e horas contornando o Lago Baikal, maior acumulação de água doce do planeta, o que faz da Rússia o segundo país do mundo em recursos hídricos (ao contrário do Nepal, esta informação eu consegui confirmar). Apesar de ficarmos quase 40 horas dentro do trem, ao conferirmos no mapa da Rússia correspondia a um pedacinho de nada percorrido.


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