sábado, 3 de novembro de 2012

Bulgária - parte 1

Nada sabíamos da Bulgária antes da Dilma se candidatar. Mas o país estava ali, de bobeira, no meio do nosso caminho pelo Leste Europeu. Entrou no nosso roteiro assim. Lá, o fato de ser brasileiro atrai muito as atenções. Todos os Búlgaros sabem que a Dilma tem ali suas origens e eles tem muito orgulho disso. Um cara nos disse que antes só conheciam o Brasil pela música e pelo futebol. Agora, todos sabem bastante coisas sobre nós. Eles chamam a Dilma de “a presidente búlgara do Brasil”. 

Um pouco de História 

O primeiro estado búlgaro formou-se ao final do século VII. Nos séculos seguintes, entrou em guerra contra o Império Bizantino por diversas vezes para garantir a sua existência. Porém, não logrou resistir à invasão do Império Otomano, ocorrida ao final do século XIV. 

A Bulgária recuperou sua independência em 1878, como um Principado Autônomo, e sua independência total foi proclamada em 1908. Pouco tempo depois, nos anos 1912 e 1913, envolveu-se na Guerra dos Bálcãs. Durante a Primeira Guerra Mundial e, mais tarde, na Segunda Guerra Mundial, combateu ao lado das nações que vieram a ser derrotadas no conflito. 

Finalizada a Segunda Guerra Mundial, ficou sob a influência da União Soviética e tornou-se uma república popular em 1946. O governo comunista encerrou-se em 1990, quando o país teve eleições com a participação de diversos partidos. (Wikipédia). 

Fronteira 

A saída da Romênia e chegada à Bulgária foi bastante demorada. Nos consumiu 2 dias. Saímos de trem de Brasov bem cedinho e fomos pra Bucareste. Pegamos outro trem para Giurgiu. Vendo no Google Maps parecia que ia ser fácil: teríamos que chegar a Giurgiu, caminhar uns 7 quilômetros cruzando o Rio Danúbio por uma das mais de 10 pontes indicadas e estaríamos em Ruse, Bulgária. Então tá. 

Chegamos a Giurgiu de trem. A última estação do país no meio do mato (dias depois descobrimos que a estrada de ferro é ligada à da Bulgária e que tem um trem russo que faz o trajeto). Nada de taxi, ponto de ônibus, apenas umas casinhas, muitos cachorros e gatos pelas ruas (muitos mesmo!). Com nosso mapinha tirado do Google e uma bussolazinha de pulseira de relógio fomos andando. Chegamos ao centro da cidade e trocamos nossos últimos Leu (moeda da Romênia) por um punhado de Lev (moeda da Bulgária). 

Andamos. Atravessamos uma ponte e pensamos estar já na Bulgária. Que nada. Estávamos era numa ilha do Danúbio, e já tínhamos percorrido os 7 quilômetros. Estávamos cansados, pois naquele dia em Brasov já tínhamos carregado nossa bagagem por mais de 4 quilômetros. Onde constava uma ponte no Google não havia nada. Achamos um táxi que nos levou até a passagem da fronteira por 20 Euros. 

Aí desconfiamos que os dois países não são lá aquela amizade toda. Não são inimigos, é fato, mas o rígido controle de fronteira, a ausência de trens locais ligando as capitais e o baixo movimento, mostra que as relações entre os dois países tem muito para melhorar. Passamos a fronteira e desistimos de procurar nosso hotel a pé, pois estava escuro pra caramba e não víamos nem sinal da cidade. 

Um táxi caiu do céu e negociamos a corrida. Boa decisão: o táxi andou pra caramba até chegar ao nosso hotel. Fizemos check in, deixamos a bagagem e fomos procurar comida e uma boa cerveja. De noite a Ruse é bem feia e mal iluminada, mas achamos um bom restaurante e estávamos a salvos. De manhã a cidade ficou bem melhor. Nada que se diga “nossa, como essa cidade é bonita!”, mas deu pro gasto. Atravessamos o centro histórico da cidade que um dia foi um polo cultural, chegamos à rodoviária e compramos passagens para Sófia. À tarde já estávamos na capital Búlgara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário