quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Grécia - parte 2

Atenas

A chegada em Atenas foi meio decepcionante. Depois que saímos do Brasil foi a primeira vez que pegamos um engarrafamento. A rodoviária, um horror! Feia, barulhenta, meio bagunçada. Lá pegamos um ônibus para o centro. Feio também. Calçadas e prédios desgastados, muitos camelôs, flanelinhas, alguns lugares lembravam a Avenida Paraná em BH. Mas aos poucos fomos nos entendendo com a cidade. Ficamos num hotel simples bem no centro, onde o proprietário, um senhor muito simpático nos deu todas as dicas. Descobrimos onde comer bem e barato, como chegar aos pontos turísticos e recebemos as já comuns recomendações para tomar cuidados com os batedores de carteiras.

Entrando em ação

Ao chegarmos em Atenas Renilza ostentava uma tremenda enxaqueca. Tadinha! Há pouco mais de um mês torceu o pé. Mal se recuperou e teve tilde na coluna. E ainda não tinha esquecido o trauma quando a dor de cabeça bateu. A sorte dela é que existe com ela a minha presença, que para ela já é a cura para todas as ziquiziras. Mas depois de se automedicar no dia seguinte estava pronta para quebrar o pau e fomos ver se Atenas melhorava a impressão inicial.

Compramos um bilhete unificado para vários locais e valeu a pena.

Começamos a caminhada pelas ruínas da antiga biblioteca. É algo de encher os olhos, mas como tinha coisa muito mais relevante nos esperando, só demos uma olhadinha. Seguimos uns turistas que pareciam saber aonde iam e chegamos ao templo de Hephaistos. Agora sim. Se trata de um complexo de ruínas onde há milênios era uma cidade (ou quase isto), com praças, antigos canais e o templo propriamente dito em cima de um cocuruto de colina, dominando a paisagem. Tudo é muito impressionante.


Dentro do complexo tem também um museu com achados arqueológicos dali. Interessante, mas o que nos atraiu mesmo foi a sombra que ele proporcionava. Estava fazendo muito calor. Subimos por uma trilha toda pavimentada e chegamos à Acrópoles. Ela já impressiona quando vista de longe, da parte moderna da cidade. De perto então! O problema é um certo tipo de pessoas que insiste em visitar os mesmos lugares famosos ao mesmo tempo que a gente (os outros turistas).


E dá-lhe fila. Os ônibus chegam às dezenas e vomitam as multidões. Fazer o que! Fomos juntos. Apesar de estar tudo em ruínas é difícil de acreditar como o que ainda resta pode sobreviver a tantas barbaridades. Depois do fim do Império Romano o templo foi:

- Saqueado;
- Abandonado;
- Incendiado;
- Esculturas foram arrancadas por cristãos que julgavam aquilo paganismo;
- O Templo de Atenas foi transformado em Igreja Católica (que vergonha dos meus irmãos em cristo!); depois foi transformado em mesquita pelos turcos;
- Explodido;

Não necessariamente nesta ordem.

Mas o que resta, combinado com a vista panorâmica do entorno paga fácil a viagem a Atenas. Não é preciso ser especialista no assunto para entender que o gênio humano teve ali um de seus apogeus. A qualidade das construções e esculturas é muito alta. Passamos no Museu da Acrópole de Atenas e aprendemos muito sobre a cultura grega. Este museu é um excelente complemento do passeio às ruínas, na parte didática. Tem a apresentação de um vídeo que mostra todas as etapas da história de Acrópoles. Além de mais um ponto de descanso na sombra, pois lá fora estava fervendo.

Não muito distante, visitamos o templo de Zeus. O templo tem uma história interessante e a sua construção é citada no livro A Política, de Aristóteles.


O que mais atrai turistas para a Grécia são os cruzeiros por suas ilhas. Mas ir até lá e não dar uma passadinha nesses locais históricos é um desperdício muito grande.

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