segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Turquia - parte 2

Éfeso

Saímos de Kos, Grécia em um ferry pela manhã e logo já estávamos na costa turca de Bodrum. Desde a alguns quilômetros já avistávamos várias mesquitas, mudança na paisagem que naquela região indica a entrada na Turquia. Passamos fácil pela imigração e conseguimos almoçar ainda em Bodrum. Às 14h pegamos um ônibus para Selçuk, cidade de onde se acessa as ruínas de Éfeso.

A primeira surpresa: experimentávamos o melhor serviço de ônibus em nossas vidas, o turco. A regra geral no país são ônibus novos, bem mantidos, não raro com TV individual e fone, serviço de bordo com lanche e banheiro. Antes do anoitecer já estávamos em Selçuk. Já nesta cidade formamos uma excelente impressão do país. Ao contrário do que informa o famoso Lonely Planet (para as mulheres desacompanhadas, “nunca olhe diretamente nos olhos de um homem turco”, pois eles entenderão que você, como ocidental pode facilmente ser conquistada e são muito desagradáveis...), não tivemos nenhum problema de desrespeito.

Os comerciantes oferecem suas mercadorias, mas não são insistente e geralmente são muito agradáveis. As cidades são limpas e organizadas e a presença de gatos muito mansos pelas ruas é a regra por onde se vai. A Izabela, simpática polonesa que trabalha em um albergue que hospedamos em Istambul, nos disse que os turcos preferem os gatos aos cães por entenderem que estes são sujos. O uso de lenço e indumentária cobrindo todo o corpo não é uma obrigação legal para as mulheres, mas mesmo assim é bastante comum.

Já no dia seguinte fomos a Éfeso. Caminhamos uns três quilômetros e estávamos lá. Ganhamos até uma carona de um ônibus de turismo quando faltavam uns 500 metros. A cidade foi construída por populações gregas há mais de 2000 anos e Roma deixou sua marca na arquitetura quando dominou a cidade. As ruínas estão muito bem preservadas e fica claro que recebem um bom tratamento das autoridades turcas. 


O teatro da cidade chegou a ter capacidade para 25.000 pessoas. Em seu centro, demos uns berros para testar a acústica e ficamos impressionados. Com certeza alguém com uma boa voz se fazia ouvir facilmente por todos os expectadores. Criamos coragem e exibimos toda a ginga da capoeira que nós não temos. Ali conhecemos outro brasileiro, o Bruno, que curtia seu último dia no país antes de voltar pra Alemanha, onde trabalha e nos deu várias dicas sobre as cidades que pretendíamos visitar. 


Na volta para Selçuk ainda salvamos este elegante quelônio de um suicídio. O bichinho tentava atravessar uma autoestrada super movimentada e já havia se deslocado alguns metros rumo a morte certa. Encontramos um córrego que passava debaixo da estrada através de manilhas e o colocamos lá. Esperamos que ele tenha repensado sua vida e que tenha mudado de ideia.




Ainda caminhamos um pouco por Selçuk. Fomos a uma bela mesquita, tentamos ir ao castelo, mas decidimos que já estava bom e nos despedimos do Bruno na rodoviária, onde compramos nosso bilhete para Pamukkale.

Nenhum comentário:

Postar um comentário