sábado, 15 de dezembro de 2012

Turquia - parte 11

Caros Amigos

Mais uma vez quis o destino que encontrássemos de novo nossos anfitriões de Londres, a Carol e o Angelo. A gente sabia que ia para a Turquia, mas não sabíamos exatamente quando. Poderíamos ter ido à Turquia um mês antes ou depois, por exemplo. Já os nossos camaradas tinham passagens compradas há um tempão e por uma feliz coincidência chegamos à Goreme um dia antes deles e pudemos passar dois dias juntos.

Eles chegaram de madrugada e pela manhã já fizeram o voo de balão. Demos um tempinho pra eles dormirem pela manhã, mas antes das 11 já estávamos acordando os pombinhos para explorarmos as cercanias. Fomos até o Vale do Amor. Ficamos um pouco perdido, é verdade. Subimos e descemos vários montes moldados pelas águas e ventos, roubamos, sem saber que o fazíamos, vários cachos de uvas e achamos uma brecha no paredão pela qual conseguimos descer para a parte mais baixa e alcançar o Vale do Amor.


Este é um lugar interessante... a passagem de enxurradas, córregos e ventos esculpiu na rocha vulcânica um monte de figuras que olhos inocentes identificam cogumelos alongados, mas mentes maldosas viam mesmo era um monte de pênis apontando para cima, com dezenas de metros. Daí o nome Vale do Amor. Esses turcos são mesmos uns danadinhos! Depois, quando alcançamos a estrada por onde quem não havia se perdido passava, vimos placas indicando que tanto colher frutas quanto descer pelas laterais dos vales era proibido.


Fomos até o hotel deles, porque após saberem que nenhuma havaiana falsificada que comprávamos durava mais que 2 ou 3 semanas nos meus pés, o Angelo ia dar a dele para mim, pois já estava voltando para a pátria amada. Choramos mais um pouco e ele deixou com a gente uma lanterna maneira, que se carrega sozinha quando exposta à luz solar e ainda pode transferir via USB a energia para celulares. Mais uma semana eles voltavam pelados para Londres, hehehe.

De noite fomos para um restaurante, escavado também na rocha, para comer comida turca, ouvir música turca, apreciar a dança turca e ver os dervixes rodopiantes, seres religiosos que  respeitam pessoas, animais e a natureza e fazem um tipo de dança rodopiando em suas cerimônias. Rimos muito, bebemos um pouco, dançamos e eu acabei participando do show com a dançarina de dança do ventre. Aquelas coisas manjadas feitas para turistas. Mas nós gostamos pra caramba.

A Capadócia com certeza está entre os pontos altos desta nossa jornada. Mas rever amigos, principalmente estando esse tempo todo fora de casa foi muito bom.

Turquia, até logo

Demos mais uns rolés pela Turquia em busca do visto do Iran, mas disso falaremos depois. Por agora, basta dizer que a Turquia nos surpreendeu. O país é mais organizado do que muito lugar famoso da Europa, exibe uma prosperidade invejável, tem muitas atrações de altíssimo nível e recebe muito bem os visitantes. Istambul até então foi a cidade grande com as pessoas mais calorosas que vimos. Um carinha de Hong Kong que conhecemos lá e que também dava uma volta ao mundo, mas de bicicleta, nos disse que várias vezes ele era praticamente obrigado a parar devido aos convites das pessoas para conversarem e tomarem um chá e isto às vezes o atrapalhava, pois em alguns casos seu tempo de uma localidade a outra era muito limitado. Se Deus nos permitir continuar viajando, certamente voltaremos a este lugar. E, é claro, o indicamos com muita força. É um lugar bom para quem quer fazer turismo independente do mesmo jeito que é interessante para quem prefere vir através de agências. Oferece atrações em praias, montanhas, cidades grandes, pequenas, tem estações de esqui, e tem uma história igual a de poucos.

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