quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Turquia - parte 9

Capadócia

No ônibus que nos levava a Goreme conhecemos um cara que trabalha na cidade como guia turístico. Há muito pouco tempo ele havia trabalhado para a equipe da Globo que fazia gravações para a novela. O cara gostou da gente e acabamos nos encontrando na cidade para um chá e bater papo. Como um bom guia deve ser, ele sabia muito da história e geopolítica da região e nos deu várias dicas importantes. Mas ele nos fez mais: conseguiu um desconto muito bom em um voo de balão, que nos fez salvar mais de 100 reais.

Já a cidade, é um daqueles lugares praticamente únicos sobre a Terra. Povoações existem por ali por vários milhares de anos. Alguns estudos chegam a apontar 12.000 anos. Vendo as casa escavadas nas rochas fica mais fácil entender. A geologia do local é dominada por um tipo de rocha que tem uma excelente estabilidade e é relativamente fácil de se escavar com ferramentas de mão, mesmo as feitas com pedras por povos pré-históricos. Logo, desde há milênios o lugar se tornou habitado por povos que buscavam abrigo e proteção. E até hoje habitações, restaurantes e hotéis são construídos tendo pelo menos uma parte escavado em rocha. Nós ficamos em um hotel caverna.


Balão

É praticamente impossível conhecer alguém que visitou Goreme e não voou de balão. O lugar deve ter a maior concentração desse tipo de aeronave do mundo. Eles tem três coisas que favorecem a atividade, ventos em direções e intensidades adequadas, uma paisagem que é muito legal de se ver do alto e os próprios balões! Em um dia normal, mesmo em baixa temporada, mais de 100 balões chegam a levantar voo. As movimentações, o colorido e a fartura dos objetos voadores se tornaram uma parte da própria atração. Algumas atividades são muito ruins de se fazer quando está muito cheio de gente. Mas no caso do balonismo é exatamente o contrário. Quanto mais melhor.

De madrugada nos pegaram no hotel e fomos para o ponto de decolagem. Desde a chegada, o chá, a preparação dos equipamentos, o fogaréu dos maçaricos enchendo os balões, tudo faz com que a espera não seja simplesmente uma espera. E em algumas horas todos são chamados para seus balões. O piloto dá as instruções de como se deve proceder na hora do pouso e vamos embora.


Vale demais a pena. A todo momento tem algo diferente para ver, entre paisagens, os outros balões e o sobe-e-desce que o piloto faz com o veículo. O nosso voo teve um brinde: um casalzinho de namorados, ambos islâmicos se tornaram noivos durante o voo. O cara tirou um anel, se ajoelhou e fez o pedido. Choveram aplausos, a noivinha chorou, outras mulheres ficaram babando (menos Pretinha que já é muito bem casada e sabe disso). Pousamos sem maiores problemas ainda de manhã já estávamos de volta ao hotel.



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