terça-feira, 23 de outubro de 2012

Alemanha

Alemanha

A Alemanha só entrou no roteiro por causa dos nossos cartões perdidos. Traçamos uma rota para buscá-los com um amigo na França que incluía a Alemanha. Nada contra o país, pelo contrário. Conhecemos vários alemães super legais até aqui nessa viagem. Aliás, são os viajantes mais espertos do momento. Ótimas companhias, não tem frescura e dão dicas ótimas.

Mas o país é caro para o padrão de nossa viagem e por isso ele nem entrou no roteiro original. Então decidimos não postar “Um pouco de História”. Mas, cá pra nós, nem precisa, né? Quem nunca ouviu falar de Fusca, Primeira e Segunda Guerra ou Lutero? Ou seja, eles influenciaram na forma como a gente se locomove, no mapa mundi e no jeito que a gente reza. Não é pouca coisa.

Entrada

O dia anterior foi passado dentro de vários ônibus tipo “cata-jeca” dentro da República Checa para chegarmos na fronteira com a Alemanha. Acordamos em Razvadov, comemos uns biscoitinhos e pusemos a mochilas nas costas. Se estávamos corretos, caminhando 3 km chegaríamos à fronteira e mais 4 na cidade de Waidhaus. Fomos lá. O dia estava bonito e a estrada vazia.


Passamos uma ponte sobre um riacho que era a fronteira. De cada lado havia a bandeira do respectivo país. Era tchau pros checos e olá pros alemães. Continuamos andando. Num dado momento um carro comum parou do nosso lado. Estávamos em frente a uma casa e achamos que ele estava parando para entrar. Continuamos andando e o motorista fez sinal para pararmos. Mostrou um distintivo policial e muito educadamente pediu nossos passaportes.

Conversamos um pouquinho, o cara se admirou dos nossos carimbos, rimos e nos liberou. Interessante. Não tem na fronteira um posto de verificação todo formal e imponente, mas é claro que eles controlam bem as entradas do país. Nos deram informações de como chegar à cidade (eu esperava que nos dessem uma carona, oras!), e fomos andando.

Enfim, chegamos em Waidhaus. Nada mal. Bonitinha, agradável, mas tínhamos que dar um jeito de arrumar um transporte pra Nuremberg. Achamos um ponto de ônibus e ficamos esperando. Enquanto isso pedimos carona pela primeira vez na viagem, mas não conseguimos nada. Até que um ônibus parou do outro lado e o motorista nos chamou. Ele nos explicou que era aquele carro que tínhamos que pegar. Fomos então parar em Vohenstrauss.

Descemos numa rua que parecia ser a principal e ficamos esperando outro ônibus para a próxima cidade na direção de Nuremberg. A ideia era repetir o que fizemos na República Checa. Isto porque o ônibus direto da República Checa pra Alemanha era muito caro. Esperamos um pouco até que outro ônibus parou e o motorista, num ótimo inglês nos deu o serviço: o melhor caminho seria ir com ele até Weiden e lá pegarmos um trem para Nuremberg. Mas o bilhete do trem a gente compraria com ele mesmo, na maquininha do ônibus, ainda por cima com desconto. Ficamos babando com o sistema de transporte e com o nível cultural das pessoas.

Fomos então. Chegamos em Weiden, já na estação ferroviária e procuramos uma roleta ou algo que o valha. Nada! Pelo que entendemos funciona assim. A estação está lá para todos e os trens também. Para usar o sistema você deve comprar o seu bilhete. Mas não há ponto de checagem. Assim, se você quiser pegar trem sem pagar passagem, ok. Mas há fiscais espalhados que podem pedir para você mostrar seu bilhete. Se você não tiver comprado a multa é pesada. Pegamos nosso trem e algumas horas depois estávamos dentro de Nuremberg.

Nuremberg

A gente bem que podia ter encurtado nossa estadia na Alemanha, mas já que estávamos ali, pelo menos em Nuremberg resolvemos passar uns dias. A cidade ficou mundialmente famosa por ter ocorrido lá o julgamento dos principais líderes nazistas após a Segunda Guerra. Tem até um bom filme, com Alec Baldwin, “O Julgamento de Nuremberg” que mostra um pouco do que rolou.


Mas nosso encantamento com a Alemanha ficou apenas na já famosa organização do país. Para o nosso padrão, tudo é muito caro. Demos ainda o azar de não conseguirmos usar a internet no hotel em que ficamos. Foi a única vez que isto aconteceu até agora. E os funcionários do hotel não fizeram nada para tentar ajudar.

Então não fizemos praticamente nada de turismo. Demos apenas umas voltinhas pela cidade e três dias depois de entrarmos no país já estávamos a caminho de Lyon na França.

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