quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Reino Unido - parte 5

Canterbury

Trata-se de uma cidade a leste de Londres, a menos de duas horas de ônibus. Fomos os quatro, dois casais felizes a passear. A cidade é bastante agradável, mas o clima estava feio. Frio, nuvens e chuva. Já na chegada se vê uma muralha enorme. Ela se difere das que foram comumente construídas pela Europa por terem sido usadas pedras pequenas na sua construção e não brandes blocos.

Perambulávamos procurando a Cathedral and Metropolitical Church of Christ at Canterbury e um velhinho muito simpático nos parou e nos deu voluntariamente a indicação de uma igrejinha ali perto que seria a mais antiga de toda a Inglaterra. Entramos, vimos o ensaio do coral de crianças e demos uma volta pelo cemitério. Depois que a chuva deu uma trégua resolvemos entrar na Catedral com o nome pomposo já citado neste parágrafo.


É uma igreja enorme, que, como é comum no Reino Unido, não se pode saber pela aparência se é católica ou protestante. É que à época da Reforma, na Inglaterra, as igrejas católicas foram transformadas em anglicanas da noite para o dia. Visitamos todo o complexo, com construções, ruínas e jardins. A igreja, apesar de estar em reforma é muito bonita, tanto por fora quanto por dentro. Ficamos sabendo que haveria um culto na parte da tarde e resolvemos participar. Era uma espécie de missa cantada. A igreja era bonita e o coral impecável. Mas que sofrimento! Não dava para levantar e sair, pois a gente se sentava em umas cadeiras laterais e os sacerdotes ficavam perto da porta. Se me lembro bem nós quatro dormimos em algum momento. Uma tortura cruel.

Perambulamos mais um pouco pela cidade antes de irmos embora e chegamos a Londres já tarde da noite.

Frango com Quiabo

Em Canterbury numa vendinha de uma paquistanesa, encontramos nada menos do que quiabo. Igualzinho ao que usamos em Minas para fazer um dos pratos mais saborosos do mundo. Trocamos ideia com a senhora e explicamos que na nossa região o vegetal tinha uma importância muito grande (demos uma exagerada...). Ela também falou de como ele era usado no Paquistão, e num dado momento eu disse: “os ingleses não entendem nada de culinária” e ela replicou na lata: “não, definitivamente não entendem nada”. Enchemos uma sacolinha, compramos fubá e fomos embora felizes.

No dia seguinte, Renilza deu o show: aplicando conhecimentos transmitidos por incontáveis gerações em sua família, fez o melhor frango com quiabo que comi até hoje. É claro que praticamente qualquer mineira sabe fazer um bom frango com quiabo, mas estávamos em Londres, a quase 6 meses fora das alterosas mineiras, comendo só coisa exótica. Perfeito, perfeito, perfeito! Quaspruidi de tancumê!




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