terça-feira, 28 de agosto de 2012

China - parte 12

O visto para a Mongólia

Quando estávamos em Hong Kong fomos ao escritório do consulado da Mongólia com toda a documentação que dispúnhamos para tentar o visto. Era quinta-feira. Como o horário de atendimento já tinha acabado, a moça nos mandou voltar na segunda, pois na sexta o escritório não funcionava. Então ficaria para Beijing.

Em Beijing fomos tão mal atendidos que resolvemos desistir do visto e retirar o país do roteiro. Os funcionários da embaixada são extremamente grosseiros. Até empurrões eles dão nas pessoas, quando a fila não está do jeito que eles querem. Quando chegou a nossa vez de sermos atendidos, nos cobraram uma carta convite. Falamos que não tínhamos amigos no país, que nossa intensão era apenas fazer turismo. Não adiantou.

Na fila conhecemos um australiano, um romeno e um francês. Depois de tomarmos uns empurrões do porteiro, entramos os cinco por que o atendimento era por batelada. Só o romeno tinha carta convite, enviado por um hotel. O funcionário da embaixada olhou os nossos passaportes e disse, em inglês rispidamente, algo assim, "Não posso aceitar o pedido de visto de vocês sem carta convite do ministério porque vocês são brasileiros. Ele é australiano, ele pode, ele é francês, ele pode, vocês são brasileiros, não podem".  

Um chinês que também entrou nessa batelada, ao ouvir isso nos disse que não precisaríamos desistir. Era só procurar uma agência de viagem em Beijing mesmo e pagar uma comissão que eles providenciariam tudo. Mas pagar "comissões" não faz parte dos nossos métodos, principalmente para ser convidado a visitar um país que a própria embaixada nos tratou mal. Se existe uma taxa de visto legal, pagamos sem problemas. Mas comissões não.

Voltamos ao albergue e pesquisamos na internet para ver se era possível que algum hotel Mongol podia nos mandar esta carta convite. Nesta etapa, usando sites de reservas de hotéis começamos a procurar algum para nos hospedar. Um dos critérios que usamos para escolher um hotel é ler os comentários dos últimos hóspedes. Foi aí que desistimos de vez.

Sobre um hotel um comentário dizia que se você não fizesse seus passeios agendando com o hotel os funcionários te tratavam mal. Outra pessoa disse que ao chegar no hotel que já tinha reserva, informou que já tinha os passeios agendados com uma agência. O gerente ficou com tanta raiva que cancelou a reserva e a turista teve que sair pela cidade, em alta temporada, procurando por outro hotel, o que conseguiu pagando muito caro.

Na verdade, se soubéssemos dessas coisas antes a Mongólia nem teria feito parte dos planos.

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