quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Hong Kong

Hong Kong

Politicamente esta região pertence à China. Trata-se se uma das duas regiões administrativas especiais da China, sendo Macau a segunda. A gente praticamente foi obrigado a fazer uma escala lá, devido aos pormenores do nosso bilhete aéreo. Resolvemos passar 3 dias pra aproveitar a escala.

Um pouco de história

Hong Kong era parte do Império Chinês quando Jorge Álvares, um português, se tornou o primeiro visitante europeu. Já o Reino Unido estabeleceu contato através da Companhia Britânica das Índias Orientais. O Reino Unido venceu a Guerra do Ópio em 1842 e ocupou a área. A China, insatisfeita com o cenário imposto tentou se rebelar e foi novamente dominada décadas depois. Em 1898 os dois países firmaram um acordo no qual a China cederia Hong Kong por 99 anos. Desde então Hong Kong se tornou um importante centro comercial.

A região, ao longo do século 20 sofreu vários reveses por vários motivos: problemas mal resolvidos entre China e UK, guerra entre China e Japão, Segunda Guerra Mundial, Guerra da Coreia (Estados Unidos). Mas entre os anos 50 e 60 se tornou também um grande centro industrial. Houveram conflitos internos por melhores salários e condição de vida que foram habilmente resolvidos. Os anos 70 foram relativamente estáveis e já no início da década seguinte China e UK iniciaram conversações para a devolução da área. Em primeiro de julho de 1997 a região foi reintegrada a China. Em 20 de dezembro de 1999 Hong Kong foi declarada pela China como Região Administrativa Especial. É um porto livre e um centro financeiro internacional. Tem um alto grau de autonomia, exceto nas áreas de defesa e política externa. Não paga impostos ao poder central chinês e possui seus cidadãos gozam de liberdade de imprensa nos padrões de quando eram colônia inglesa.

A Cidade

Hong Kong é a cidade mais organizada na qual pisamos até este momento em nossas vidas. Seus quase 7 milhões de habitantes parecem saber se organizar muito bem e não vimos engarrafamentos, lixo pelas ruas, poluição sonora excessiva, etc. São comuns conjuntos residenciais com dezenas de prédios de mais de 40 andares. No centro da cidade funciona uma metrópole no subterrâneo. O metrô, os ônibus, tudo trabalha direitinho. Ahh, que coisa chata!

Ficamos em um albergue que funcionava dentro de um prédio comercial. Era até divertido. A gente entrava e tinha que andar pra caramba no meio de pessoas de todas as partes do mundo: indianos, quenianos, árabes até chegar ao elevador. O quarto era minúsculo, mas comportava 3 beliches. Eu não conseguia me sentar na parte de cima sem tocar a cabeça no teto. Mas foram apenas duas noites e tiramos de letra.

A única coisa que programamos para fazer em Hong Kong foi tentar o visto da Mongólia, que não deu certo. Passamos nosso tempo passeando pela cidade e valeu a pena. À margem da bacia fica a Avenida dos Artistas, com várias figuras, marcas das mãos e pés de vários famosos e uma bela estátua de Bruce Lee, que viveu muitos anos na cidade antes de se mudar para os Estados Unidos.
 

Mas é a noite que a cidade realmente brilha. Parece haver uma competição entre prédios para ver quem chama mais a atenção e o resultado é muito bom. Aquilo tudo brilhando refletindo na água da baía pode ocupar facilmente um passeio noturno.

Tive que consultar com um médico também, pois suspeitava de estar com infecção urinária. Achamos por acaso uma clínica no prédio do escritório da embaixada da Mongólia. A médica que me atendeu conhecia o Brasil e o papo rendeu. Nos deu algumas dicas sobre a China e a consulta fluiu tranquila. O custo da consulta, remédios e exames foi baixo, pouco mais alto que a franquia mínima do nosso seguro e por isso nem o acionamos.

Mas Hong Kong era só uma paradinha e nem tentamos ficar mais tempo. A China nos esperava.

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