sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Cuba - parte 3

Havana

Depois de um dia de aventuras na Nicarágua e Costa Rica estávamos finalmente em Havana. Renilza conseguiu uma hospedagem em uma casa de família a um bom preço. Era a casa de um médico aposentado e já bem velhinho. O melhor da casa era a localização. Pudemos ver tudo que queríamos na capital sem usar transporte público, fazendo tudo a pé.

Praça da Revolução

Esta simpática e ensolarada praça foi o palco dos mais famosos discursos de Fidel, onde conseguiu falar por vezes para mais de 1 milhão de cubanos. Há um enorme monumento em um dos lados em homenagem a José Marti com um memorial, onde também é instalado o palanque quando eventos cívicos e discursos dos governantes são realizados. Do outro lado, dois prédios governamentais exibem com barras de aço os rostos de Camilo Cienfuegos e Che Guevara, e já se tornaram cartões postais da cidade.


Em outro canto, são oferecidos passeios pela praça em carros americanos antigos em perfeito estado. Esses carrões que se tornaram um símbolo do bloqueio e atraso econômico da ilha agora são explorados pelo turismo em várias cidades do país. Não falei que os caras são espertos? Pudemos tirar fotos à vontade na praça, mas quando fui tentar fotografar o monumento de José Marti pela sua lateral tomei um apitaço. Por algum motivo, fotos naquele ângulo eram proibidas. Como o governo afirma que Fidel teria sofrido centenas de tentativas de atentado e a CIA confirma alguma delas, quem sou eu para questionar as medidas de segurança do país...


A praça é um ponto obrigatório para quem visita Havana e nossa parte estava feita.

Centro Histórico

Havana se um dia tiver todos os seus prédios históricos recuperados será uma das cidades mais bonitas do mundo. Apostaria que se nivelaria com Praga ou San Petersburgo. A imponência e a riqueza de adornos das construções coloniais e pré-revolução mostram que ali viveu uma elite abastada. Felizmente os trabalhos de restauração estão presentes por toda parte. Os quatro anos que separam minhas duas visitas mostraram grande diferença e, apesar do grande trabalho ainda por ser feito, já é possível ver grandes áreas onde os prédios estão totalmente recuperados.


O Capitólio, que os Cubanos se orgulham de ser uma cópia do de Washington porém aumentada (alguns centímetros) estava fechado para reforma. Mesmo assim, o prédio e a praça que o hospeda, com gramado, postes e circundada por prédios também imponentes (muitos em recuperação) são de tirar o fôlego. Vale a pena tira pelo menos um dia só para bater perna pelas ruas do centro. Há inúmeros restaurantes para todos os níveis de bolsos. Comemos muito bem por apenas 3 dólares ou menos todos os dias. Do centro histórico facilmente se acessa o calçadão, em seu ponto mais bonito, em frente ao Castelo do Morro e o Castillo da Real Fuerza.


Museu da Revolução

Em um belo prédio com a parte externa recém reformada e o interior em restauração funciona o Museu da Revolução. À frente, fica exposto um tanque de guerra que teria sido usado contra os invasores da Baía de Porcos. Contam que o próprio Fidel conseguiu acertar um tiro com ele em uma embarcação invasora.


Mas vamos ao museu. Apesar de simples, ali se pode aprender quase tudo sobre a Revolução Cubana, desde o assalto ao Quartel de Moncada, a chegada dos guerrilheiros em Cuba no Iate Granma, a atuação da guerrilha e a participação dos principais membros. Como o governo considera que a revolução está em curso, ali se tem registrada boa parte da história do país desde 1959, na ótica do governo. Muito didático. Para quem se interessa pelo assunto, pode se passar um dia inteiro ali.

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