terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Nicarágua - parte 3

Granada

Esta cidade é o principal polo turístico do país. Possui arquitetura colonial bem preservada, é de onde partem os passeios para conhecer o conjunto de pequenas ilhas do Lago Nicarágua. Além disso, oferece um acesso fácil aos vulcões Masaya e Mombacho.

  
Precisávamos ir a um consulado de Cuba para pegar os vistos para aquele país e conseguimos tudo em apenas uma manhã em uma rápida visita a Manágua. De tarde fomos ao parque conhecer o Vulcão Masaya, aproveitando mais uma sacada da Marú, que descobriu um jeito de visitar o parque do vulcão de forma independente, bem mais barato do que contratando um tour.

Esse vulcão valia a pena. Chegamos de carro bem na cloaca do Masaya. É um verdadeiro caldeirão, com as paredes limpas e com emissão de fumaças o tempo todo. Fomos alertados para não ficarmos perto da fumaça por mais de 5 minutos, pois elas eram tóxicas e poderiam fazer mal.


Do lado dele, outro vulcão jaz completamente inativo e sua cloaca já está toda coberta de vegetação. No parque há um pequeno museu que mostra um pouco da dinâmica dos vulcões e seus impactos. Se tiver disposição e quiser gastar um pouco mais, há no parque um conjunto de cavernas vulcânicas bem recomendadas.


Este era o nosso time, com o japa Kas que também pegou carona com a Marú.


Ometepe

Fomos, ainda com a Marú para Ometepe. Esta ilha é formada por dois vulcões cujas bordas se fundiram e está localizada no meio do Lago Nicarágua, uma enorme porção de água doce onde habita o único tubarão de água doce existente no planeta (segundo a wikipédia). Ometepe é a maior ilha vulcânica do mundo dentro de um lago de água doce.


Ficamos no povoado de Mayogalpa, onde nosso barco atracou. A ilha tem uma atmosfera agradável, com forte apelo para o ecoturismo. O vulcão Concepción é muito ativo e pela ilha se vê que existe uma preparação para o caso de uma erupção. Há uma pista de pouso e decolagem, provavelmente usada só em emergências e pela estrada que contorna a ilha há indicações de rotas de fuga. Em alguns pontos onde a terra está exposta se pode ver as várias camadas de sobreposição de cinzas vulcânicas das seguidas erupções. 


Vimos essas coisas em um passeio que fizemos com a Marú e um jovem mexicano também chamado Ricardo. Alugamos bicicletas e fomos a um parque cuja principal atração são piscinas de águas vulcânicas (mas a temperatura ambiente). Ida e volta davam exatos 50 quilômetros. Foi aí que caímos na real em relação à nossa condição física. Estávamos bem piores do que imaginávamos. Várias vezes tivemos que subir morros empurrando as magrelas. Depois de mais de 11 meses sem atividade física regular não era para menos.


O local das piscinas se chama Ojo de Água. Valeu bem o esforço da ida, mas estávamos tão arrebentados que não sabíamos se conseguiríamos voltar antes da noite cair. E não conseguimos mesmo. Tivemos que pedalar quase uma hora na estrada sem lanterna. Mas chegamos todos bem.

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