quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Guatemala - parte 2


Flores

Chegamos em Flores no final da tarde. Saímos do ônibus antes do seu ponto final, ainda no município de Santa Elena (uns 500 metros de Flores), pois precisávamos sacar uma grana e não queríamos ficar em hotéis indicados pelo guia que nos acompanhou no final da viagem, porque achávamos que acabaríamos tendo que pagar alguma comissão.

Flores é uma pequena ilha que se formou no meio do lago Petén Itzá. Chega-se a ela por uma ponte que a liga a Santa Elena. Todas as casas são coloridas e o resultado final do conjunto de cores no meio do lago cercado de florestas é muito charmoso. Com uma caminhada de meia hora se contorna a ilha e é possível nadar no lago.


Enquanto estivemos na cidade ocorriam festas religiosas e presenciamos algumas manifestações, como três velhinhos tocando músicas regionais em um único xilofone de uns 2 metros e uma dança típica, que um grupo de mulheres com vestidos coloridos executava pela cidade. Um carro de som ia à frente delas. Com a multidão acompanhando, paravam em cada esquina e dançavam.


A comida já se diferenciava bastante da do México. Os temperos são mais equilibrados e o arroz com feijão começou a ser mais frequente. Porém, o abacate na salada, no sanduíche ou no meio da comida era quase obrigatório. Quando dava, pedíamos açúcar e ele se transformava na sobremesa.

Tikal

Tikal é um dos maiores e mais bem conservados sítios arqueológicos de antigas cidades maias. Localizado a 64 km de Flores, ainda tem a maior parte de suas construções sob o solo da densa floresta tropical.




Chegamos ao parque antes das 8 e começamos nossa caminhada. Não é preciso andar muito pelas trilhas bem sinalizadas para começar a encontrar as construções. E se ficar atento, verá que existem incontáveis montes de terra que na verdade são construções de pedra da antiga cidade que foram tomadas pela floresta ao longo dos séculos e uma espécie de solo acabou se formando sobre as mesmas. É fácil encontrar as construções, sem a necessidade de guias para isto. O difícil é dizer qual é a melhor parte.

Vários prédios tem altura muito superior à das arvores da floresta que os envolvem. Em um deles é possível subir e ver lá de cima as copas das árvores e alguns dos outros prédios aflorando vários metros sobre a floresta. Assim como Palenque, o local exerce forte atração por “bicho grilos” e “neohippies” e eles estão por toda a parte.


O sítio é enorme e se o visitante não se apressar um dia pode não ser o suficiente. O parque está muito bem cuidado e tem boas instalações. Além disso, está em plena expansão, já que os trabalhos arqueológicos continuam. Vários prédios estão em restauração. Conhecemos lá um escocês que estava em sua segunda visita, mais de 15 anos após a primeira. Ele nos disse que reparou facilmente que o número de prédios expostos havia crescido.

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