terça-feira, 15 de janeiro de 2013

África do Sul - parte 2

Johannesburgo

Segundo um cara que conhecemos lá, esta é a maior cidade do mundo que se desenvolveu longe de um rio. As áreas onde vivem negros e brancos são bem definidas. O Soweto (Southwersten Town) ficou famoso mundialmente por ser o local de forte resistência contra o Apartheid, virou nome de banda de pagode no Brasil e hoje é uma região pobre, mas que já apresenta áreas de classe média. Inclusive, há hotéis e albergues que oferecem passeios de bicicleta guiados pelo bairro. Há bastante coisa para fazer na cidade, mas estávamos cansados da viagem e precisávamos pesquisar ainda o que faríamos no país, principalmente porque as principais atrações são naturalmente muito caras.

Seguimos algumas indicações de amigos e fomos ao Museu do Apartheid. Ficamos 4 horas lá, mas foi pouco, pois o museu é muito bom e se pode aprender muito sobre esta fase da história do país. Reserve no mínimo um dia inteiro, se você é daqueles que gostam de ler todas as plaquetas e ver todos os vídeos. 


Uma coisa chata que acontece na África é o terrorismo que é feito em guias de viagem e por pessoas preconceituosas. O turista acaba chegando lá se borrando todo e muitas pessoas e empresas de turismo se aproveitam dessa situação. Não vamos publicar que a África é um paraíso da paz social, mas, tomando-se os cuidados básicos que se tem em cidades grandes brasileiras tudo correrá bem. Os africanos são muito receptivos e educados no dia-a-dia. O tempo todo as pessoas se cumprimentam com um “olá, como você está?”, mesmo em situações corriqueiras como em um caixa de supermercado ou com o motorista ao entrar em um ônibus.

Minha juba já estava bem grande e era hora de fazer algo. Nosso hotel era em uma área de brancos, mas rapidamente pegamos as manhas do bairro vizinho, que era de negros. Em cada esquina tinha alguém trançando o cabelo na calçada mesmo, mas eu preferi ir à um salão de beleza, que também são fartos. Fui atendido pela Gina, uma moçambicana, que conversou bastante comigo sobre Brasil e Moçambique enquanto eu era atendido. Por fim as tranças ficaram prontas. Eu não sabia que aquilo doía tanto. Aquela força que repuxava o couro cabeludo melhorou até a minha postura nos três primeiros dias, já que eu tinha que ficar sempre de cabeça erguida. Atravessar ruas se tornou mais perigoso, pois também não conseguia olhar de lado. Mas mesmo assim valeu a pena experimentar uma nova face.


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