domingo, 27 de janeiro de 2013

México - parte 4

Cidade do México

Chegamos à noite na Cidade do México, ou DF, como os seus munícipes a chamam. A cidade em si tem apenas “pouco mais” de 8 milhões, mas em sua expansão nos últimos séculos, se fundiu com cerca de 40 cidades vizinhas e te tornou uma das maiores aglomerações urbanas do mundo. A Grande Cidade do México é responsável por um terço do PIB do país e deve dobrar de tamanho nos próximos 10 anos. Felizmente, talvez por ser vésperas de fim de ano, quando supomos que as atividades na cidade diminuem, não pegamos nenhuma situação de estresse. Por outro lado, o único meio de transporte que usamos foi o metrô, que apesar de feio, velho e sujo, é barato, abrangente e aparentemente eficiente.

Ficamos na Zona Rosa, bem dentro de uma área onde predominavam estabelecimentos GLS, sejam boates, bares e mesmo camelôs voltados para este mercado. Fizemos praticamente todas as refeições na Casa do Toño. Ótimo e barato restaurante de comida mexicana, que fica aqui recomendado.

Nos assustamos com a quantidade de policias federais, estaduais e municipais nas ruas, portando sempre metralhadoras, além de viaturas caríssimas. Não gosto de ver policiais barrigudos carregando metralhadoras para todo lado. Penso sempre que este tipo de arma não é aplicável em atividades de vigilância em locais muito cheios de pessoas.

Tiramos um dia para conhecer a Praça da Constituição, informalmente, El Zócalo. Esta era uma das imagens que eu tinha guardada do México, acho que em função de haver uma foto em um livro de um curso de espanhol que fiz.

Bem, a praça tem construções imponentes, como a Catedral Metropolitana da Cidade do México, a sede do poder executivo federal e a prefeitura, além de um espaço enorme aberto no centro. Mas apresentava um aspecto de decadência muito forte, com praticamente todas as construções implorando por uma pintura urgente e às vezes uma restauração. Para piorar, ainda não haviam retirado os enfeites de natal (muito feios) instalados em alguns prédios.


Além de tudo, estava rolando uma festa tipo “ação global” e haviam filas enormes de pessoas para poderem usar os brinquedos ali colocados para o evento. Mas as filas pareciam que quase não andava e dava até pena das crianças.

A praça foi construída no Tenochtitlan, que era o antigo centro religioso e político da capital do império asteca. Nada do regime antigo ficou de pé e os espanhóis usaram até as pedras das construções astecas para construir seus prédios. A catedral é enorme, mas não achamos muita graça no que vimos por dentro e o Vaticano bem que podia liberar uma grana para uma pintura, pois a igreja está bem mal. 

Museu Nacional de Antropologia

Um lugar de tirar o fôlego. Um dos melhores museus que conhecemos, mesmo comparando com os de Londres. Se você se interessa por este tipo de assunto, reserve no mínimo um dia inteiro. Nós passamos 8 horas e não vimos tudo. Voltaremos com certeza numa próxima visita ao DF.

Tudo começa com explicações básicas de geologia. Depois passa em sequência para biologia e vai evoluindo, passando pela evolução dos homídeos, a chegada do homem nas Américas, o desenvolvimento das civilizações mesoamericanas, a chegada dos espanhóis e o resultado disso nas culturas que aqui haviam, até chegar ao estado em que estamos. As salas são muito bem boladas, com muitas figuras, esquemas de maquetes com bonequinhos muito bem feitos, fósseis, materiais coletados em sítios arqueológicos, tudo muito bem exposto e descrito.


O único ponto fraco é o restaurante do museu, que além de ser caro oferece um serviço muito ruim. Se for passar o dia todo lá, recomendamos fazer um desjejum bem reforçado e levar umas barras de cereais nos bolsos para poder passar o resto do dia. Ou tenha paciência e use o restaurante mesmo.

Outra opção de museu é o Castelo de Chapultepec. Na bela construção que um dia foi a mansão do chefe de Estado, no alto da Colina do Chapulin, fica um bom museu que conta a história do país. Algumas partes são boas e outras nem tanto, mas vale a pena visitar o local.

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