quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

África do Sul - parte 6

Até logo, Mama África

Pela falta de boa informação disponível e por preconceito, acabamos dedicando muito pouco tempo para o continente negro. A falta de informação vem do fato de o continente não ser tão visitado por turistas quanto os outros. A maioria dos guias de viagens foi feita para europeus e às vezes mais atrapalham do que ajudam, transmitindo uma atmosfera de perigo muito diferente do que realmente é, pelo menos nos países que estão em paz (a maioria). O nosso preconceito era devido à baixa qualidade da informação.

Mas, é vivendo e aprendendo. Vimos que é tão fácil alugar um carro na África como em qualquer outro lugar. Existem policiais corruptos? Com certeza, tanto quanto no Brasil. Risco de assaltos? Igual no Brasil. É verdade que não existe transporte publico de entre cidades ou nas grandes metrópoles? Mentira! Existem as kombis ou vans que levam todos a toda parte. São bons e seguros? São desconfortáveis e a segurança não é o ponto forte. Mas dá para usar. Conhecemos turistas que cruzaram milhares de quilômetros entre vários países e não tiveram problemas. Duvido que as condições de segurança sejam piores que no Brasil. Além disso, pagando-se um pouco mais, existem também outras alternativas mais confortáveis e seguras.


Por outro lado ficamos impressionados com a educação das pessoas no trato. A limpeza das cidades, estradas e vilarejos foi a melhor que constatamos dentre todos os lugares que conhecemos. O asseio pessoal não fica para trás. Em nenhum momento tivemos que suportar pessoas com o desodorante vencido, ao contrario do que costuma ser comum na Europa. Ali também começamos a ver pessoas com a nossa cara, provamos comidas que lembravam nossos temperos. A ginga das pessoas, que por vezes víamos dançando, seja em apresentações ou mesmo em situações do dia-a-dia nos dava a sensação de que estávamos próximos de casa. Sem contar as paisagens, que volta e meia eram a cópia de alguns lugares de

Minas. Ficamos só 22 dias lá, mas deixou uma vontade muito forte de voltar e realmente curtir o continente africano.

Conexão

Devido à baixa oferta de voos teríamos que ir para o México via Madri. Para chegarmos à Espanha pegamos um voo da Cidade do Cabo que passava por Johannesburgo e nos deixava em Doha, Catar, por 19 horas. Nosso Natal foi ali, no aeroporto de um país islâmico, sem uma figura de Papai Noel ou presépio. Pelo menos tinha internet e comida de graça e não foi tão difícil. No dia 26 estávamos em Madri, a - 1 grau.

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