terça-feira, 15 de janeiro de 2013

África do Sul - parte 3

Mandela

Esse sim é “O Cara”. Rolihlahla Mandela nasceu numa família de nobreza tribal, numa aldeia onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia. Ao chegar à escola, sua professora mudou seu nome para Nelson, já que era costume as crianças receberem nomes ingleses quando iam para a escola. Mandela abandonou seu possível destino tribal fugindo temporariamente para Johannesburgo, onde teve uma vida rebelde quando cursou a faculdade de direito. Acabou como réu em um infame julgamento por traição e se tornou o prisioneiro mais famoso do mundo, após o qual veio a se tornar o político mais admirado e premiado em vida, responsável pela refundação de seu país nos moldes de uma sociedade multiétnica.

Mandela usou o carisma que tinha entre negros para conter um enorme desejo de vingança de boa parte dessa população contra os brancos. Sua habilidade de convencimento mostrou à sua base que, apesar dos anos de sofrimento, o país seria muito melhor se conseguisse promover a convivência entre negros e brancos do que se estes fossem expulsos do país. E com maestria conseguiu fazer com que o país não entrasse em guerra civil e que os investimentos externos se mantivessem. Ele arquitetou um processo de transição onde, com o tempo, os negros passariam da pobreza para a classe média e que gradualmente passariam a compor também a elite do país, o que está acontecendo realmente.

Dentre outros prêmios, tem o Nobel da Paz. O cara, além de tudo é meio “profeta”. Ainda jovem chegou a dizer que seria o primeiro presidente negro do país. Uma curiosidade: Rolihlahla, seu verdadeiro nome, na língua se sua tribo significa algo como “aquele que chega para quebrar a ordem vigente”. Ou seja, puxou esse hábito de profecias dos pais.

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