quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Jordânia - parte 1

A Jordânia, ou Reino Hachemita da Jordânia é famosa no ocidente como um país seguro para o turista e por Petra, atração mundialmente famosa (já esteve até em novela da Globo). Mas o acesso ao Mar Vermelho, ótimo lugar para mergulhar, o deserto Wadi Rum e o curiosíssimo Mar Morto, fazem do país um destino onde a satisfação é garantida.

Chegamos do Iran, pagamos nosso visto no desembarque e pouco mais de uma hora após a aterrissagem já estávamos instalados em um hotel barato (e ruim) na capital Amman.

Um pouco de História

A história desta região remonta deste os tempos pré-bíblicos e vários povos já dominaram este torrão: amonitas, amorreus, moabitas, edomitas, nabateus, egípcios, israelitas, assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, muçulmanos, cruzados, cristãos, turcos otomanos e, por fim, os britânicos.

No fim da Primeira Guerra Mundial, o território que agora compreende Israel, a Jordânia, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém foi concedido ao Reino Unido como o Mandato Britânico da Palestina. Em 1922, a Grã-Bretanha dividiu o controle estabelecendo o semiautônomo Emirado da Transjordânia, regido pelo príncipe hachemita Abdullah, enquanto continuou a administração do restante da Palestina. Em 25 de maio de 1946, o país tornou-se independente como Reino Hachemita da Transjordânia.

A Jordânia participou na Guerra de 1967 entre Israel e os Estados árabes de Síria, Egito e Iraque. Durante a guerra, Israel ganhou o controle da Cisjordânia e toda Jerusalém. Em 1988, a Jordânia renunciou todas as reivindicações sobre a Cisjordânia, mas reteve um papel administrativo sob uma colonização final, e o tratado com Israel permitiu a continuidade do papel jordaniano nos lugares sagrados dos muçulmanos em Jerusalém. Uma jogada arriscada, já que poderia ter atraído o ódio de vizinhos árabes, mas que deu certo no sentido de manter a sua paz.

A guerra de 1967 trouxe um dramático aumento do número de palestinos vivendo na Jordânia e hoje eles são maioria. Apesar de grupos armados de origem palestina terem infernizado o lugar na década de 70, os cidadãos palestinos e seus descendentes tem uma boa relação com os beduínos, como se denominam os habitantes de origem jordaniana, já que todos são unidos pelo ódio contra Israel.

A monarquia tem conseguido manter o país em paz no meio de um dos cenários mais propícios a guerras do planeta. Apesar de não serem ricos como os vizinhos em recursos naturais, principalmente petróleo, o turismo, as minas de fertilizantes, a agricultura e uma ou outra indústria tem mantido seus habitantes satisfeitos e, nós não acreditamos que a chamada Primavera Árabe terá algum efeito ali. Apesar de a monarquia manter o domínio do país, existe um clima de razoável liberdade civil.

Porém, por fazer divisa com Israel, que é inimigo de todos os países da região (mesmo que relações diplomáticas digam o contrário em alguns casos) e por abrigar milhões de palestinos, ninguém pode afirmar até quando a Jordânia conseguirá se manter em paz. Não esquecer do resto da vizinhança que de santos não tem nada: Síria, Arábia Saudita, Iraque...

Amman

A Capital Jordaniana não é lá grandes coisas para o turista. Eles tem um teatro romano antigo com um pequeno museu anexo que é bonitinho. Como era perto, fomos lá. Mas não vimos nada que possamos escrever “nossa, como esse lugar é interessante!”. Eles tem também a Citadela. Mas, após visitarmos o teatro romano, decidimos que não iríamos à citadela, pois nos consumiria um dia e duvidamos que veríamos algo pelo menos próximo do que vimos na Grécia ou Turquia. O que nós curtimos muito em Amman foi a comida.


Mas fechamos com um motorista de táxi uma corrida que seria basicamente um dia de passeio misturado com nossa viagem para Israel.

Decidimos ir para Israel o quanto antes e retornar à Jordânia para continuarmos nossa viagem. Como tínhamos visitado o Iran, não era pequena a possibilidade de barrarem nossa entrada e queríamos decidir isto logo. Aliás, o fato de termos ido ao Iran nos obrigou a planejarmos nossa entrada em Israel por terra, pois caso negassem, era só dar meia volta. Se chegássemos por Tel Aviv, de avião, e não fôssemos aceitos, seria um rolo danado e provavelmente nos mandariam para o Brasil.

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